Como a compra da gestão da Arena impacta no futuro imediato do Grêmio?

A noite de sexta-feira, 11 de julho, foi histórica para o Grêmio. Afinal, depois de anos de brigas e até mesmo batalhas judiciais, foi assinada a compra dos direitos de gestão da Arena, estádio construído pela OAS e inaugurado dezembro de 2012. Pois este fato já tem impacto direto no futuro da instituição, e isso nós iremos detalhar a partir de agora.

Como se deu a aquisição da gestão da Arena?

Não foi exatamente o clube que conseguiu desatar os nós e adquirir a gestão da Arena. Marcelo Marques, um dos candidatos à presidência do clube no pleito que ocorre neste segundo semestre, se utilizou de dinheiro próprio para negociar com as partes envolvidas e assinar o acordo. Para tanto, ele aceitou pagar um total de R$ 130 milhões, sendo R$ 80 milhões para aquisição de créditos da dívida do empreendimento e outros R$ 50 milhões destinados à própria Arena Porto-Alegrense, empresa inicialmente constituída para administrar o estádio até o final de 2022.

Por que a compra da gestão da Arena é tão relevante?

O Grêmio, até então, não tinha direito algum a tomar decisões sobre o seu próprio estádio. Ou seja, ficava sem autonomia para definir preços de ingressos, realizar promoções, cuidar do chamado match day e, por consequência, lucrar com isso. Ao mesmo tempo, precisou, durante muito tempo, pagar um valor mensal para garantir o acesso aos sócios que eram proprietários de cadeiras no antigo estádio Olímpico e que mantiveram este direito na chamada migração.

Além disso, valores arrecadados com bilheteria, eventos, locação de espaços entre outros iam direto para a Arena Porto-Alegrense, responsável também pela manutenção do empreendimento. O que se viu ao longo do tempo, no entanto, foi uma ineficácia nos processos, com torcedores tendo muitas dificuldades para comprar ingressos e acessar as arquibancadas. Isso sem contar, claro, que há uma deterioração visível do patrimônio.

O que a compra da gestão da Arena já influencia no processo eleitoral do Grêmio?

Cinco nomes se lançaram como candidatos à presidência do Grêmio, sendo Marcelo Marques e Paulo Caleffi aqueles que, fatalmente, disputariam a preferência do eleitorado. A compra da gestão da Arena já impacta no processo eleitoral, uma vez que Caleffi, apoiado por Danrlei e Maicon, imediatamente retirou a sua candidatura. Nos próximos dias, deveremos ter mais desdobramentos. Vale destacar que o processo de transição na administração do estádio será realizado até dezembro.

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