Bom, mas poderia ser melhor! Atlético-MG cede empate ao Bolívar na altitude de La Paz
- Galo abriu 2 a 0 e ficou com um jogador a mais em campo
- Jogo foi válido pela rodada de ida das quartas da Sul-Americana
Por Fabio Utz

La Paz, sim, impõe medo. E o Atlético-MG, mesmo que não tenha perdido para o Bolívar pela rodada de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana de 2025, sentiu os efeitos dos 3.600 metros de altitude da capital boliviana. Tanto isso é verdade que o time esteve á frente no marcador e, mesmo com um jogador a mais em campo, cedeu o empate: 2 a 2, resultado final no estádio Hernando Siles.
Sampaoli muda esquema e tira Hulk
O técnico Jorge Sampaoli decidiu mudar a cara do seu Atlético-MG. E isso envolveu nomes e esquema tático. O atacante Hulk, por exemplo, ficou no banco de reservas - ele que é a grande liderança e referência do elenco alvinegro. Além disso, na tentativa de fortalecer a linha de defesa, o argentino mandou mais um zagueiro a campo. Sem Ivan Roman, cortado do elenco por conta de gastroenterite, Lyanco, Vitor Hugo e Junior Alonso se posicionaram a frente de Everson.
Jogo de resistência surte efeito mesmo com perda de Cuello
Atuar com ar rarefeito nunca é fácil. E o Atlético-MG, sabendo disso, optou por realizar um jogo de resistência.
Para se ter uma ideia, até os 44 minutos do primeiro tempo, o time não havia chegado à frente. Em compensação, o seu goleiro tinha trabalhado em arremates de Cauteruccio e Cataño - isso sem contar que viu uma cabeçada de Sagredo beliscar a trave. Porém, a estratégia surtiu efeito, e justamente em um momento em que o Galo já estava sem Cuello, que poderia conduzir a equipe a ações ofensivas e deixou o gramado, chorando, com lesão no pé.
Nas duas vezes em que construiu jogadas, a equipe foi letal. Primeiro, em contra-ataque. Alexsander desarmou e acionou Rony. Este encontrou Gustavo Scarpa já dentro da área, e ele teve a categoria de servir Alexsander que, já sem rivais à frente, concluiu para a rede para marcar seu primeiro gol pelo clube. Se não bastasse isso, ainda antes do intervalo, Vitor Hugo, de cabeça, ampliou após cobrança de falta. Coincidência ou não, ele também não contabilizava tentos pelo clube.
Bolívar chega ao empate mesmo com jogador a menos
O segundo tempo começou da pior forma possível para o Atlético-MG. Logo na arrancada, Robson Matheus apareceu na segunda trave para, depois de um escanteio, diminuir o prejuízo para o Bolívar. É bem verdade que o ímpeto do time local poderia ter sido quebrado quando da expulsão de Gariglio, em seguida. Só que os donos da casa seguiram com a posse de bola e, com o Galo só se defendendo, viram a chance do empate cair do céu com toque de mão dentro da área de Lyanco. O pênalti, no entanto, foi despediçado por Cauteruccio, que carimbou o travessão.
A partir disso, a tentativa mineira foi de segurar a vantagem do jeito que era possível. Só que havia o braço de Igor Gomes no caminho de um cruzamento quase que despretencioso. Novo pênalti, que Moreno converteu aos 41 minutos. Hulk, que havia entrado, ainda poderia ter garantido o triunfo, mas errou da linha da pequena área.
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