Zinedine Zidane: como ele mudou por completo o destino de duas das melhores gerações do futebol brasileiro
Por Fabio Utz
Um jogador, sozinho, pode interferir diretamente na trajetória de uma seleção ao longo dos tempos? Se ele é diferenciado, pode sim. E como. No caso de Zinedine Zidane, ele mudou por completo o destino daquele que é conhecido como o "país do futebol". Se não fosse o meia francês, hoje a seleção brasileira teria a oportunidade de estar comemorando uma hegemonia absurda. Poderia ser hepta, e não "apenas" pentacampeã mundial. Sim, Zidane se colocou no caminho canarinho em duas oportunidades, quando o Brasil era, de longe, considerado o favorito.
Em 1998, a França até então se apresentava como uma coadjuvante do futebol. É bem verdade que tentava uma inédita conquista de Copa do Mundo diante da sua torcida. Só que o Brasil vinha embalado pelo tetra de quatro anos antes e com um verdadeiro esquadrão. Muito embora os donos da casa tenham se apresentado de forma bastante consistente, o otimismo brasileiro era plenamente justificado. A equipe do técnico Zagallo foi a campo com nada menos que Taffarel; Cafu, Aldair, Júnior Baiano e Roberto Carlos; César Sampaio (Edmundo), Dunga, Leonardo (Denilson) e Rivaldo; Bebeto e Ronaldo Nazário. Pois um certo camisa 10, com dois gols de cabeça, entrou para o mundo dos heróis do futebol ao dar a uma nação inteira a alegria tão esperada. A vitória por 3 a 0 no Stade de France, nos arredores de Paris, teve nome e sobrenome.
Oito anos depois, quando a seleção verde-amarelo defendia o pentacampeonato, o cruzamento com os franceses ocorreu nas quartas de final. O Brasil tinha seu quadrado mágico, era a aposta da maioria para sair campeão. E não é que Zidane aprontou das suas de novo? Dessa vez não marcou gol, mas exibiu uma das maiores atuações individuais da sua carreira e, também, de um Mundial. Henry, responsável pela única bola na rede da partida em Frankfurt, na Alemanha, ficou com os louros. Mas foi nos pés do meia que mais uma eliminação tupiniquim se construiu. Dida; Cafu (Cicinho), Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho (Adriano) e Kaká (Robinho); Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Nazário. Este era o esquadrão comandado por Carlos Alberto Parreira, que sucumbiu diante de um astro, mais uma vez, em 2006.
Zidane é, sim, uma "pedra no sapato". Isso se mostra como incontestável. Ele, sozinho, foi capaz de mudar a história não só de uma equipe, mas de uma nação inteira. Quis o destino que o Brasil sofresse as consequências, deixando duas de suas melhores gerações apenas apreciando a festa rival.
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