Vasco usa dinheiro da venda de Marrony para comprar aparelhos que previnem lesões
Os R$ 16,4 milhões que o Vasco recebeu pela venda do atacante Marrony ao Atlético-MG ajudou o clube a acertar algumas pendências com jogadores e também a modernizar a aparelhagem que previne lesões e melhora a qualidade do treino dos atletas.
O aparelho chamado Firstbeat é utilizado pelos jogadores durante os treinamentos. É uma espécie de cinto que fica dentro dos uniformes, abaixo do peito.
O equipamento já é utilizado na Europa em times como Liverpool, Manchester City, Arsenal, Bayern de Munique, Manchester United e Atlético de Madrid. Flamengo e Botafogo também fazem uso do aparelho.
Coordenador científico do Vasco, Marcos Cézar explica que a utilização do aparelho auxilia os profissionais responsáveis pelo treinamento a alternarem o tipo de treino e intensidade.
“É um instrumento que ajuda a comissão técnica a tomar decisões melhores, com dados objetivos sobre o desempenho dos atletas. Esses dados são obtidos através de uma análise profunda da variabilidade da frequência cardíaca. A plataforma transmite e armazena na nuvem os dados em tempo real, tornando o monitoramento e compartilhamento de informações entre todos os membros da comissão técnica mais rápido e eficaz”, disse em reportagem do globoesporte.com.
Marcos completou dizendo que o sistema, além de impedir a sobrecarga em atletas, consequentemente, diminui a incidência lesões.
“É capaz de monitorar em tempo real variáveis como a frequência cardíaca, o efeito do treino (TE), a TRIMP (impulso do treino), gasto energético, entre outras. Além de otimizar todo processo de periodização do treinamento, auxilia na prevenção do "overtraining" (perda de performance por excesso de treinamento) e de lesões”.
O dinheiro serviu também para quitar o pagamento de outro equipamento que auxilia o mapeamento das reações dos atletas em tempo real, o STATSports, um GPS que é colocado em cima do uniforme. O clube comprou o equipamento em fevereiro de 2019 e só quitou o pagamento agora após um ano e meio.
Chefe do departamento médico do Vasco, Marcos Teixeira destacou a importância de ter os dois aparelhos para dar detalhes à comissão técnica sobre o rendimento dos jogadores.
“Agora, porém, teremos maior capacidade de monitorização(...). Isso possibilita melhor controle sobre as demandas físicas e necessidades de complementações durante as sessões de treino programadas”.