Vale a briga? Yaya vem de longo período de inatividade e deixou má impressão em 'último ato'
Por Nathália Almeida
Figurinha carimbada nos noticiários esportivos brasileiros desde o mês de fevereiro - quando foi divulgado, pela primeira vez, o interesse do Botafogo em seu futebol -, Yaya Touré está no epicentro de uma 'confusão de mercado' de grandes proporções: entre distanciamentos e aproximações, negociou com o Alvinegro durante longas semanas, mas deixou o clube em 'standby' alegando dúvidas familiares quanto à proposta. Nesta semana, no entanto, gravou um vídeo sinalizando acerto junto ao Vasco da Gama, tendo negociado com o candidato à presidência Leven Siano.
A reviravolta de curso obviamente enfureceu a diretoria alvinegra, que encerrou negociações e detonou a atitude do atleta marfinense. Em meio a tanta polêmica, algo primário sobre a transação acabou sendo posto em segundo plano: quais são os ganhos esportivos que a contratação do volante pode gerar para um clube brasileiro, em 2020 ou 2021? Pouco se tem discutido acerca do que Yaya Touré pode trazer dentro das quatro linhas para uma equipe da nossa Série A, talvez, justamente, por isso ser uma verdadeira incógnita.
Como destaca o jornalista Mauro Cézar Pereira em seu Blog no UOL Esportes, o volante não atua oficialmente há exatos 203 dias. Sua última exibição - se é que pode ser chamada assim -, foi no dia 2 de novembro de 2019, quando permaneceu em campo por surreais 10 segundos, sendo expulso após desferir um pontapé em seu adversário. O longo tempo de inatividade e a má impressão deixada em seu 'último ato' levantam dúvidas justas em torno desta acirrada disputa pelo atleta: trata-se de uma briga motivada pela crença em uma recuperação do volante ou pela grife que ele traz, apenas?
Vale destacar que o marfinense de 37 anos não atua com alguma regularidade desde 2015/16: já tinha status de reserva em sua última temporada pelo Manchester City, e desde que deixou o clube inglês, tem sido um 'peregrino da bola', empilhando passagens apagadas por mercados secundários. Trata-se, sem nenhuma dúvida, de uma contratação de altíssimo risco, que o Vasco parece disposto a levar adiante pensando na próxima temporada.
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