União obtém vitória na Justiça e impede acordo entre Cruzeiro e Minas Arena para quitação de dívida milionária
Por Fabio Utz
A 32ª Vara Cível de Belo Horizonte, por conta de um pedido da União, impediu a homologação de acordo de pagamento de dívida por parte do Cruzeiro à Minas Arena, administradora do Mineirão. A decisão se dá com base em bloqueio de valores.
A União fez o chamado pedido de "arresto cautelar" de R$ 9,8 milhões, valor que havia sido depositado em juízo em favor da Minas Arena. No entanto, existiam dois bloqueios de créditos provenientes de duas execuções fiscais, sendo um no valor de R$ 6.186.618,15 e outro, de R$ 7.488.347,65. E, neste caso, o órgão federal acaba sendo o chamado credor prioritário na relação com a empresa que responsável pelo maior estádio de Belo Horizonte.
A dívida fiscal do Cruzeiro é gigantesca, superando os R$ 300 milhões. Recentemente, diversas ordens de pagamento, com base em diferentes ações e cobranças oriundas da Procuradoria da Fazenda Nacional, chegaram ao clube. Com isso, segue a batalha judicial travada com a Minas Arena desde 2015, quando a Raposa deixou de pagar algumas despesas de jogos como mandante - atualmente, a dívida é de mais de R$ 50 milhões. Em uma primeira decisão judicial, houve a intimação para depósito em juízo de 25% da renda líquida das partidas, e em abril de 2020 este montante já chegava a R$ 9,8 milhões. Ou seja, se houvesse o acordo, que diminuiria o passivo para R$ 20 milhões, faltaria quitar cerca de 50% do total. Mas, neste momento, isso ficou inviável.
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