Thiago Galhardo no Celta de Vigo é vitória tripla no mercado
Por Lucas Humberto
Do céu ao inferno em tempo recorde, Thiago Galhardo, hoje se encaminhando para ser a terceira opção de Diego Aguirre, já foi um dos principais destaques do Brasileirão. Na arrancada inicial do Internacional, ainda sob comando de Eduardo Coudet, o atacante era uma das grandes referências do futebol nacional quando o assunto era gol.
Rumo aos gramados da Espanha, o treinador se despediu levando embora o ímpeto do Colorado e, consequentemente, os melhores meses do camisa 17. Claro, o jogador ainda foi às redes em momentos importantes do clube de Porto Alegre, mas nada que se assemelhasse ao "apetite" de outrora.
O "surgimento" de Yuri Alberto também merece seu devido crédito, afinal, a concorrência não só ficou qualificada, como superior ao que deveria ser absoluto. Teria o pupilo mostrado mais serviço que seu oponente pela posição? Aparentemente, sim. Agora, enquanto o Internacional de Aguirre começa a dar sinais de vida na temporada, o imparável Galhardo parece mais uma memória distante no imaginário dos torcedores.
A recuperação de Paolo Guerrero, então, era o último acontecimento que Thiago precisava para enxergar a mudança rumo ao Celta de Vigo com bons olhos. A realidade, obviamente, será outra: a grande referência do time de LaLiga é Iago Aspas, um dos maiores ídolos da torcida. Contudo, tomar uma decisão que envolve virar terceira opção no Colorado ou disputar uma das cinco principais ligas da Europa, mesmo que seja no banco, não parece muito difícil.
Aos 32 anos, Thiago Galhardo recebeu uma oportunidade única. Clubes europeus não costumam contratar jogadores dessa idade. Se uma pequena fração da boa fase com Coudet se repetir, os célticos terão mais poderio no ataque. E o Internacional ainda vai receber R$ 3,1 milhões pelo empréstimo. Aproveitem, uma vitória tripla não acontece tantas vezes assim no mercado.