Técnico, elenco ou bastidores: qual é o verdadeiro tamanho do problema do Inter?
Por Fabio Utz
O Internacional, que me desculpem quem pensa o contrário, é um conjunto vazio. Sim, é uma soma de fatores que faz com que, mais uma vez, se veja em crise e sem rumo. Mas vamos combinar: isso não vem de hoje.
O clube, em seus bastidores políticos, é uma verdadeira mina de pólvora, tanto que a chegada de Alessandro Barcellos à presidência se deu através de uma união de grupos até então pouco esperava e que provocou, sim, novas cizânias. Se é verdade que o dirigente herdou um passado de dívidas que ainda corrói os cofres, ele próprio e boa parte de seus companheiros fizeram parte de gestões anteriores. Ou seja, todos têm culpa no cartório.
Diante deste cenário, de nada adianta fazer um planejamento fora da curva se o mesmo, claramente, não iria resistir a fracassos dentro de campo. O Inter, na sua estrutura, pensou em dar uma reviravolta em sua história sem condições para isso. As finanças impedem qualquer projeto de longo prazo, e isso não foi pensado antes.
Agora, é preciso lamber as feridas. Miguel Ángel Ramírez, claramente, não deu certo. Fez, em 100 dias, um trabalho muito ruim, sem qualquer tipo de convicção ou estruturação básica de uma equipe. Contudo, há time para se pensar em algo muito maior? Não, não há. A base do grupo já deu o que tinha que dar, e fica impossível achar que uma gurizada ainda sem nenhum tipo de provação vai dar conta do recado e ocupar o lugar de cascudos que não são mais do que comuns.
O clube, como um todo, fracassa. Correções de rumo são necessárias, mas não apenas em um ou outro setor. É preciso repensar a ideia de de trabalho como um todo. Do contrário...
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