Sul-americanos, em era moderna do esporte, jamais tiveram perto de um futebol com nível de Europa
Por Fabio Utz
Quando um time da América do Sul decepciona, sempre se inicia uma discussão a respeito da qualidade dos times do continente. Agora que o poderoso e organizado Palmeiras foi derrotado na semifinal do Mundial de Clubes, dando a uma equipe mexicana (Tigres) a condição de levar seu país pela primeira vez à decisão do torneio, o questionamento mais uma vez se acentua.
Pois aqui cabe uma afirmação. Nem mesmo quando os campeões da Libertadores conseguiram equilibrar (ou até ganhar) duelos contra europeus, o futebol estava próximo daquele apresentado no chamado "primeiro mundo". A diferença, nesta era moderna do esporte, sempre foi gritante. Obviamente, não chego a dizer que estamos no nível de África, Ásia. Mas diante de um clube do México minimamente organizado e com poder financeiro, a distância já é quase que inexistente.
O futebol sul-americano, claro, possui seus expoentes, e estes sempre terão que ser considerados favoritos contra representantes de nações menos tradicionais - e uma queda precoce necessita de análise. No entanto, não podemos mais se surpreender com eventuais "vexames". Necessitamos, sim, entender que o esporte como um todo evoluiu, e que os sul-americanos não avançaram no mesmo ritmo. Falta, ainda, uma visão de futuro, um profissionalismo em massa, um planejamento abrangente para lidar com situações adversas. E é isso que aproxima os times muito mais daqueles que antes eram tratados como meros coadjuvantes.
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