Série A passou 'como um sopro' para o Coxa, e queda silenciosa é a mais dolorosa para o torcedor

Heuler Andrey/Getty Images
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Ao terminar entre os quatro primeiros colocados da Série B de 2019, o torcedor do Coritiba inflou o peito de esperança por novos tempos. O tão sonhado retorno à elite do futebol brasileiro poderia ser a 'alavanca' para uma mudança de mentalidade nos corredores do clube, outrora respeitado na Série A, mas tão machucado pelas más decisões e planejamentos ruins especialmente nas últimas duas décadas. Colocar um ponto final na 'gangorra' e conseguir se estabilizar na primeira divisão era a primeira grande ambição das arquibancadas alviverdes mas, restando duas rodadas para o fim do Brasileirão 2020, o Coxa já está matematicamente rebaixado à Série B.

2020 Brasileirao Series A: Atletico Mineiro v Coritiba Play Behind Closed Doors Amidst the
2020 Brasileirao Series A: Atletico Mineiro v Coritiba Play Behind Closed Doors Amidst the / Pedro Vilela/Getty Images

É o sexto rebaixamento da história do tradicional time paranaense, que agora se iguala a Vitória e América-MG como 'recordista' no feito, marca que nenhum clube gostaria de ostentar. Mais que um número qualquer, essa estatística é um sintoma: são quatro rebaixamentos somente na era dos pontos corridos, escancarando como o clube ficou para trás em gestão e ideias, sem conseguir encontrar meios e soluções para tornar a ser competitivo.

Dimensionar sentimentos e dores é impossível, mas não seria absurdo interpretar esta como a queda mais dolorosa para o torcedor do Coxa: não teve sequer a oportunidade de experimentar, no chão do Couto Pereira, a sensação de estar de volta à elite nacional. Afastado das arquibancadas por motivo de força maior (Covid-19), sem poder fazer a diferença através de sua voz e da manifestação pública de seu amor pelo clube, foi obrigado a testemunhar de casa a pior temporada da história do clube no Brasileirão: aproveitamento de apenas 26,7%.

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Contratações de nível técnico questionável, trocas de comando técnico à exaustão e pouco profissionalismo na gestão do futebol culminaram em um ano terrível, mas que não deve ser esquecido pelo clube: precisa virar lição e precisa virar rápido, para que o campeão brasileiro de 1985 consiga sair deste ciclo vicioso de erros que ferem o torcedor e o próprio status do clube.