Sem rumo: Fluminense agoniza sem plano de jogo e sobrevive de lampejos individuais
Por Nathália Almeida
#VozDoTorcedor
O torcedor do Fluminense que imaginava uma equipe 'de peito estufado' após a importante vitória contra o Internacional, no Maracanã, foi dormir altamente frustado na noite da última quarta-feira (19). Jogando um futebol desorganizado coletivamente e marcado por erros individuais que não cabem quando falamos de futebol de elite/primeira divisão, a equipe carioca sofreu seu segundo revés em quatro rodadas de Brasileirão: 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, time que ainda não havia vencido nas primeiras jornadas da competição.
De Muriel a Evanilson, nenhum jogador tricolor esteve bem na partida disputada no Nabizão. E quando uma equipe inteira joga mal, isso diz mais sobre o trabalho que está sendo feito à beira do campo do que sobre a qualidade dos jogadores em si. O elenco do Fluminense é limitado/enxuto, sim, mas as atuações recentes de Vasco e Botafogo provam que é possível fazer mais com pouco: apostando em seus jovens talentos e entrando em campo com um plano de jogo coletivo bem definido, os dois rivais parecem ter um futuro mais promissor que o Tricolor.
Para além da falta de plano de jogo e da dependência exclusiva de lampejos individuais de Evanilson e Nenê - eles foram os responsáveis por cinco dos seis gols anotados pelo Fluminense desde a volta do calendário, em jogos oficiais -, espanta a falta de ambição da equipe tricolor ao adentrar o gramado. Além do 'banho' de organização tática, o Red Bull Bragantino sobrou em disposição e ímpeto na busca pela vitória. Foi recompensado pela insistência, chegando ao gol da vitória já na reta final do segundo tempo, contando com enorme contribuição do frágil sistema defensivo tricolor.
Desorganização coletiva + desinteresse + falta de comando à beira do gramado é uma fórmula perigosa e que tem se repetido à exaustão nas Laranjeiras. Nas últimas temporadas, o Tricolor flertou seriamente com o rebaixamento e acabou salvo por milagres, como em 2018, quando Júlio César defendeu a penalidade que poderia rebaixar o clube. Mas até quando o destino será tão benevolente com quem empilha erros e não aprende com eles, ano após ano?