Sem justificativa plausível, Grêmio repete política inconsequente do passado já na segunda rodada do Brasileirão
Por Fabio Utz
Parece brincadeira de mau gosto. É apenas a segunda rodada do Campeonato Brasileiro e o Grêmio, assim como fez (e fracassou) nos últimos anos, já poupa praticamente todo o seu time titular. E, desde já, vamos combinar: não há justificativa plausível para tal decisão.
O Tricolor, pelo jeito, não aprendeu com os erros do passado, quando, sendo considerado potencial candidato ao título, deixou de lutar pelo troféu justamente por perder pontos importantes em partidas nas quais resolveu abrir mão da competitividade. Não, Renato. Não, Romildo. Não, Paulo Luz. O Grêmio não tem grupo para fazer isso. E, mesmo se tivesse, o mais correto seria sempre manter a base de equipe e ir trocando nomes pontualmente, quando precisasse.
Esse tipo de atitude, precipitada e sem noção do perigo, vai totalmente de encontro ao discurso daqueles que desejam, mais que tudo, quebrar um longo jejum de 24 anos sem ganhar um Brasileirão. Sinceramente, isso está parecendo mais uma queda de braço, de alguém (e não preciso dizer quem, uma vez que ninguém tem a coragem de contrariá-lo dentro da Arena) que quer, acima de qualquer coisa, provar que, um dia, esta política pode dar certo. O Grêmio muda departamento de futebol, muda membros da comissão técnica (inclusive preparador físico e departamento médico), mas não muda a convicção de que é impossível jogar, sempre, com o que se tem de melhor. E aqui ninguém vai me convencer que sete nomes, de uma vez só, estão abaixo das condições físicas ideais para se entrar em campo.
Gente, esta é uma política falida. Uma política inconsequente. Uma política perversa contra aqueles que sonham ver um time campeão. Pode ganhar do Ceará mesmo assim? Claro que pode. Mas a opinião sobre tal conceito, para o bem do futebol, não pode mudar.
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