Sem aclamação! Caxias celebra retomada do Gauchão e conta com ajuda financeira da torcida para se manter forte

Bruna Prado/Getty Images
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O primeiro turno do Campeonato Gaúcho foi do Caxias. Com duas vitórias sobre o Grêmio (uma na Arena, pela fase classificatória, e outra no Centenário, em jogo que valeu o título), o clube grená se colocou à frente das grandes forças do Estado e poderia muito bem, em meio à pandemia, ter defendido que a disputa não fosse retomada e que ele fosse aclamado como o grande campeão de 2020. Pois isso não aconteceu.

Em entrevista ao Uol Esporte, o presidente Paulo César Santos garantiu que, em nenhum momento, colocou esta posição à Federação Gaúcha de Futebol. "Queremos jogar. Temos condições de disputar e não precisamos ser aclamados campeões", disse. Essa confiança vem, muito, do que acontece fora das quatro linhas. Muito embora tenha menos de dois mil sócios em dia, a torcida aderiu em peso ao plano "Honradores da História", lançado pelo time grená em meio à pandemia. Trata-se de uma espécie de "vaquinha coletiva", na qual é possível fazer doações. O último levantamento aponta R$ 237 mil acumulados.

O dinheiro, claro, vai ser usado para pagar despesas gerais e com fornecedores, afora os compromissos com o grupo de jogadores. No momento, não existe nenhuma pendência junto aos atletas. "Todos os salários estão em dia. Temos planejamento de três em três meses, já estamos pensando também na Série D e com isso as contas estão pagas até agora", acrescentou o dirigente. Para entrar em regime de concentração e ficar isolado na reta final do Gauchão, o Caxias ainda receberá um aporte de R$ 20 mil da FGF e, assim, ter condições de arcar com estes custos extras. "Temos confiança no trabalho da comissão técnica e sabemos que podemos chegar, no mínimo na semifinal do segundo turno. Se não ganharmos o título do returno, que seria histórico, vamos estar na final", concluiu Santos.

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