Se Sylvinho tivesse repertório, Corinthians seria favorito no Majestoso

Timão até poderia chegar melhor para enfrentar o Tricolor Paulista
Timão até poderia chegar melhor para enfrentar o Tricolor Paulista / Alexandre Schneider/GettyImages
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São Paulo e Corinthians protagonizam a partida mais aguardada da 27ª rodada do Brasileirão. A quantidade de elementos empolgantes não deixa nenhuma dúvida disso: apenas o segundo jogo de Rogério Ceni, Timão tentando entrar no G4, Tricolor querendo encerrar a interminável sequência de empates, desfalques e, claro, a boa, velha, tradicional e sempre imprescindível rivalidade.

Todos esses elementos tornam a partida completamente imprevisível. Assim como todo clássico normalmente é. No entanto, em termos de performance recente, Ceni realmente não mentiu ao afirmar que o Alvinegro "vem bem mais ajeitado, com reforços, causando dificuldades, se impondo diante de seus adversários".

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Majestoso acontece na segunda-feira (18), às 20h / Alexandre Schneider/GettyImages

Teoricamente, sim. Na prática, nem tanto. Apesar da magra vitória contra o Fluminense, por 1 a 0, o desempenho coletivo dos comandados de Sylvinho passou longe de agradar. Laterais presos na defesa, uma avenida entre Víctor Cantillo e Róger Guedes, o camisa 123 sendo pouquíssimo acionado e produção nula a partir do meio-campo marcaram o último compromisso do Timão.

Sylvinho, aliás, vive de lampejos. Agora, com a ausência certa do suspenso Fagner (terceiro amarelo) e a grande possibilidade de não ter Willian (problemas físicos), a situação fica mais complicada. Não deveria, mas fica. Faltam peças? Não. Falta repertório. Com exceção de alguns jogos, o carismático técnico parece estar aprendendo como comandar um time.

É como deixar um Maserati nas mãos de alguém que ainda está na autoescola. Diante do cenário, a Fiel novamente precisa torcer para que a qualidade individual dos seus jogadores sobressaia. Na verdade, o próprio Sylvinho mantém essa esperança acesa para permanecer no cargo rodada após rodada.

A velocidade de Mosquito, a qualidade de GP, a brilhante consistência defensiva de João Victor, a eficiência de Du Queiroz que, sim, já segurou a barra em outras ocasiões etc. Talvez não precisássemos de tantos artifícios se houvesse mais qualidade na área técnica. Como não há, nós seguimos nos apegando aos recursos que temos.