São Paulo trabalha para readequar salários à realidade financeira do clube; veja como
Por Antonio Mota
O São Paulo trabalha para sair ou ao menos amenizar a crise financeira que assola os cofres do clube e para isso tem adotado algumas medidas, como a de readequação da folha salarial do milionário plantel à realidade do Morumbi. Prova disso é a recente rescisão de contrato do atacante Alexandre Pato, que deve ir para o Internacional.
Segundo levantamento do Banco Itaú BBA, o Tricolor Paulista teve um aumento significativo nos custos “com pessoal”, categoria que abarca os salários do elenco, nos últimos dois anos, sendo que em 2018 era de R$ 168 milhões e em 2019 de R$ 234 milhões – aumento de R$ 66 milhões. Agora, com a bomba na mão, o time trabalhar para reequilibrar a pasta.
Os números do estudo da instituição financeira, como destaca o GE.com, mostram como o São Paulo comprometeu uma fatia maior de suas receitas para o item – o que fica claro se observado que os gastos com pessoal há dois anos (2018) representava 40% de toda a receita gerada pelo clube e que na temporada passada (2019) esse percentual saltou para 63%.
Vale lembrar que esse maior investimento ‘com pessoal’ não representou títulos e/ou grandes desempenhos, já que o clube terminou o ano passado com um vice-campeonato estadual, na sexta colocação do Brasileirão e ainda eliminado na “pré-Libertadores”.
Neste ano, o time já tem um vexame: a eliminação nas quartas de final do estadual para o Mirassol.
Agora, em 2020, o Tricolor do Morumbi segurou mais os investimentos, tendo feito apenas uma compra em definitivo, que foi a de manutenção do goleiro Tiago Volpi (US$ 5 milhões). Recentemente, o clube entrou em uma nova negociação, mas essa foi por troca: Éverton foi para o Grêmio e Luciano chegou ao São Paulo – o que foi considerado “lucrativo”, visto o salário menor do ex-Imortal.
Além do alívio financeiro na permuta, o São Paulo também acredita ter ‘economizado’ com a saída de Alexandre Pato. Ao todo, incluindo salários atrasados e futuros e luvas, o clube diz que vai deixar de pagar cerca de R$ 35 milhões ao atacante.
Além de Pato, o São Paulo também rompeu com o zagueiro Anderson Martins e com o volante Jucilei nessa temporada. Estes movimentos são vistos como uma forma da diretoria são-paulina reparar os seus erros e equívocos, que foram de gastar demais e não conseguir o retorno (títulos e maiores entradas) esperado.
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