Santos seria incoerente e perderia credibilidade junto a credores se investisse em Robinho, diz Rollo
Por Fabio Utz
Querer não é poder. Esta frase resume, bem, o que o Santos pensa, neste momento, a respeito da contratação do atacante Robinho. Mesmo que a direção admita que o técnico Cuca está certo em pedir reforços, apostar em nomes desta magnitude deixaria o clube com baixa credibilidade junto ao mercado.
Este é o pensamento do presidente Orlando Rollo, conforme definição da Gazeta Esportiva. "Temos que ser coerentes, pés no chão. Meu papel aqui é evitar que o Santos entre em falência. Reforços seriam bem-vindos. Prospectamos mercado, sim, Não posso negar. Fui prospectar o mercado porque não podemos nos fechar numa casinha" Falei com a Marisa (Alija, advogada de Robinho), procurei reforços, mas foi prospecção. Nenhuma se adequa à nossa realidade financeira. Gostaria de trazer reforços, incluindo Robinho, mas Santos não tem condições. É difícil trazer reforços neste momento. Situação é catastrófica", afirmou o presidente Orlando Rollo.
Robinho, por exemplo, está livre no mercado após deixar o Istambul Basaksehir, da Turquia. Aos 36 anos, ele chegaria para a sua quarta passagem pela Vila Belmiro sem a necessidade de se pagar pelos direitos econômicos. Mas isso em nada ameniza a situação. "Seria incoerência falar em reforços de alto impacto. Apesar de tecnicamente estar livre, existe uma série de questões financeiras, como pagamento de luvas e premiações. Santos não teria condição de pagar neste momento. Queria trazer Robinho, é meu sonho, quando voltou em 2010 eu era vice do Conselho e fui incentivador junto ao ex-presidente Laor. Mas era outra realidade. Vivemos caos financeiro, maior crise da história do clube. Se no meio da maior crise, trazemos Robinho, com que credibilidade vou renegociar dívida? Ninguém vai aceitar. Obtemos êxito porque pessoas enxergam credibilidade. Se fizermos loucura, ninguém vai querer renegociar dívida com o Santos", concluiu o dirigente. É por isso que, por enquanto, o clube corre contra o tempo para inscrever nomes de menos clamor popular, como Zé Welison e Laércio.
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