Santos, o alvinegro praiano que está perto de afundar

Santos v Olimpia - Copa CONMEBOL Libertadores 2020
Santos v Olimpia - Copa CONMEBOL Libertadores 2020 / Pool/Getty Images
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Em um conturbado 2020, o Santos se vê em uma situação nada agradável. Após o impeachment de José Carlos Peres, Orlando Rollo assumiu a presidência do clube com uma pressão imensa, envolvendo dívidas que poderiam resultar em perda de pontos no Campeonato Brasileiro.

Santos v Red Bull Bragantino Play Behind Closed Doors the First Round of the 2020 Brasileirao Series
Santos v Red Bull Bragantino Play Behind Closed Doors the First Round of the 2020 Brasileirao Series / Miguel Schincariol/Getty Images

A dívida citada se trata de um não pagamento ao Hamburgo, da Alemanha, pela compra do atleta Cleber Reis, no ano de 2017. O clube alemão acionou a FIFA neste caso e fez com que o Santos pudesse perder pontos no campeonato, mas não foi isso que aconteceu. Andres Rueda, candidato à presidência do Santos, fez um empréstimo ao clube no valor de 1,5 milhão de euros, ajudando no valor da dívida e fazendo com que a perda de pontos fosse cancelada.

"Eu saí, literalmente, pedindo humildemente ajuda a todos os santistas que têm condições. Andres Rueda se ofereceu, acatou meu pedido. Nesse momento, Rueda ajudou a salvar o Santos. Humildemente, vou continuar pedindo ajuda. Rueda ajudou financeiramente, mas os outros candidatos também estão ajudando com trabalho dentro do Comitê de Transição. Isso mostra que estamos todos unidos pelo Santos Futebol Clube. Louvável a atitude do Andres Rueda que emprestou o dinheiro a juros zero" - disse Orlando Rollo, atual presidente.

Após uma reunião com os pré-candidatos, Rollo deixou claro que o Santos não tem uma situação financeira boa, contando com uma dívida de R$52 milhões em curto prazo e R$200 milhões em longo prazo.

A relação que Rollos tinha com Peres, ex presidente, começou a esquentar após serem eleitos. Rollo era vice de Peres e não concordava em diversas atitudes do até então presidente. Segundo ele, Peres sempre deu aval para conversar com outras pessoas e contratá-las, mas tempo depois contratava alguém que nem havia sido especulado.

Após ser questionado sobre concorrer ao cargo de presidente, Rollo deixou bem claro que foi a pior experiência da sua vida: "Não serei candidato, é apenas uma gestão de transição. Foi criado, dentro dos parâmetros estatutários, um Comitê de Transição, que tem um integrante de cada possível chapa, para mostrar lisura e transparência total e para que todas as chapas tenham acesso desde já a todas as informações administrativas, contábeis, financeiras e jurídicas do clube. Para que, desde já, comecem sua transição. Não serei candidato nunca mais. Não esperava ter sofrido essa traição que sofri do presidente afastado. Foi a pior experiência da minha vida".