Ruídos e pedido por "volta" de ídolo: os bastidores do racha entre elenco do Botafogo e Bruno Lage

Durou apenas 10 jogos a passagem de Bruno Lage pelo Botafogo. Contratado para assumir a vaga de Luís Castro – que deixou o Alvinegro com a temporada em andamento após convite do Al-Nassr, do Campeonato Saudita –, o português não encaixou em General Severiano, se despedindo do clube com apenas 43% de aproveitamento. Sua demissão foi oficializada na noite desta terça-feira (3), após o empate por 1 a 1 contra o Goiás no Nilton Santos.

De acordo com a apuração do globoesporte.com, a queda de Bruno Lage vinha se "desenhando" nos bastidores alvinegros há algumas semanas, com os fortes ruídos deteriorando gradativamente a relação entre treinador e jogadores. As decisões técnicas do português já vinham sendo recebidas com estranheza e incômodo pelo elenco, com a "gota d'água" acontecendo justamente na partida contra o Esmeraldino, quando Tiquinho Soares foi barrado em detrimento de Diego Costa após o camisa 9 ter treinado como titular durante toda a semana.

Ainda segundo a fonte citada, a barração de Tiquinho no compromisso contra o Goiás levou parte do plantel botafoguense a procurar John Textor com o objetivo de externar as insatisfações do grupo sobre a gestão do treinador. Este movimento organizado pelos jogadores, por sinal, teria sido preponderante para a decisão do empresário em romper o trabalho em curso.

Outro pedido do elenco alvinegro teria sido a reaproximação de Joel Carli, ídolo do clube, no trabalho de dia a dia do grupo. Muito respeitado pelos jogadores e considerado uma liderança muito positiva durante seu tempo como atleta, o defensor vinha trabalhando nas categorias de base do Glorioso, mas agora passa a integrar a comissão técnica do interino Lúcio Flávio.