Rogério Ceni errou (e muito), mas a ‘conta’ da eliminação precoce na Conmebol Libertadores não é dele
Por Antonio Mota
O Flamengo perdeu nos pênaltis para o Racing-ARG, em pleno Maracanã, na noite da última terça-feira (1º de dezembro), e foi eliminado precocemente nas oitavas de final da Conmebol Libertadores. Com isso, o Rubro-Negro chegou à sua segunda desclassificação – lembrando da Copa do Brasil – sob comando de Rogério Ceni. Porém, na ponta do lápis, essa conta não é dele.
Ex-Fortaleza, o Mito foi anunciado como o novo treinador do Mais Querido no último dia 10 de novembro. Ou seja, o ex-goleiro não tem nem um mês no clube. Ele pegou o carro andando, ou melhor, descendo uma ribanceira, desgovernado e sem nenhum (ou poucos) dos passageiros preocupados.
Mas e o Ceni não errou ontem? Errou. Ele não deveria ter tirado o Arrascaeta e o Éverton Ribeiro do time – ao menos um deveria ter ficado em campo. Vitinho não deveria ter atuado os 90 minutos, mesmo que tenha feito um jogo aceitável. O time já deveria estar concluindo os lances de forma mais aguda. E por aí vai. Porém, o problema do clube vai além.
O Flamengo sentou no palco do “outro patamar” e dormiu. O gelo no sangue secou, e hoje o time parece perdido. O presidente Rodolfo Landim parece não saber o que fazer, enquanto o vice Marcos Braz parece ter perdido a “mão de ferro”. E aí pode-se falar em problemas no Departamento Médico de Márcio Tannure e cia, nos equívocos da Inteligência da equipe etc. O ego venceu.
Em resumo, o Flamengo se perdeu sem Jorge Jesus, errou em Domènec Torrent e se autoenganou ao pensar que Rogério Ceni faria um milagre. O Mister foi uma exceção. O futebol não funciona do dia para a noite. Mas e aí? O JJ é treinador do Benfica. Até quando o clube vai seguir assim? Vai continuar refém do passado?
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