Robinho contradiz depoimento e admite sexo com vítima que lhe acusa de estupro
- O jogador foi condenado por estupro coletivo em última instância
- A Justiça italiana tenta que Robrinho cumpra a pena no Brasil
Por Matheus Nunes
Após a condenação por estupro coletivo, Robinho admitiu ter tido uma relação íntima com a vítima que o acusou, ocorrida em uma boate em Milão, na Itália, em 2013. Um áudio gravado por escutas autorizadas pela Justiça italiana, no carro do ex-jogador, foi utilizado como evidência no processo que resultou na condenação dele e seu amigo Ricardo Falco a nove anos de prisão.
A conversa em questão aconteceu entre a dupla no dia 23 de abril de 2014, cerca de três meses depois deles terem conhecimento da investigação. Na gravação, Robinho fala com Falco sobre a noite do ocorrido. Ele discute com o amigo sobre os depoimentos que ambos deram para a polícia.
"É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os cara continuaram lá."
- Robinho, em áudio gravado
Em outro trecho da conversa, o jogador afirma que a mulher demonstrou desejo. No entanto, ambos reconhecem que a vítima estava bêbada, o que levou a Justiça a concluir que se tratava de um caso de estupro. Falco também admitiu ter mentido para seu advogado e para a polícia sobre a participação de Robinho no incidente.
Anteriormente, Robinho havia declarado ter recebido apenas sexo oral da mulher que o acusa, sem penetração. As novas gravações desmentem o depoimento do jogador.
Desde o início de 2023, a Justiça italiana busca que Robinho, condenado por estupro coletivo em janeiro de 2022, cumpra sua pena no Brasil, seu país de origem. No entanto, devido à proibição de extradição de cidadãos brasileiros, o jogador ainda não foi para a prisão. O caso está agendado para ser discutido no Superior Tribunal de Justiça em 2 de agosto.