Revelação: por pressão do Fla, CBF procurou Ministério da Saúde ainda em maio pedindo volta de público aos estádios

NORBERTO DUARTE/Getty Images
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Está no livro Guerra à saúde, de Ugo Braga. Ao narrar bastidores da passagem de Luiz Henrique Mandetta pelo Ministério da Saúde, o então diretor de Comunicação do órgão destaca a pressão feita pela Confederação Brasileira de Futebol para a reabertura dos estádios às torcidas em meio à pandemia de coronavírus.

Segundo relato trazido pelo colunista Guilherme Amado, que teve acesso à publicação, o presidente da entidade, Rogério Caboclo, telefonou para Mandetta dizendo sofrer um "aperto" do Flamengo para o retorno do público às arquibancadas ainda no início do mês de maio. A ideia de retomada precoce, na opinião do ministro, era em função da perda do dinheiro oriundo da bilheteria.

Diante disso, o político solicitou que Caboclo buscasse apoio do presidente Jair Bolsonaro. Afinal, o dirigente já tinha falado com o mandatário da República e dele mesmo havia escutado a sugestão de, àquela altura, se fazer futebol com limite de 10% de capacidade das arenas. A decisão não teve apoio dos atletas e, portanto, também acabou descartada pelos clubes. Por conta da Covid-19, o futebol no Brasil foi interrompido no mês de março e começou a voltar somente em junho, mas com portões fechados.

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