Rescisões e dispensas: Atlético-MG abre espaço na folha de pagamento para seguir no mercado

Sampaoli e Atlético reformulam elenco.
Sampaoli e Atlético reformulam elenco. / Pedro Vilela/Getty Images
facebooktwitterreddit

Em meio aos problemas financeiros, fortalecidos pela pandemia do novo coronavírus, o Atlético-MG tem encontrado uma maneira de equilibrar dívidas e ainda conseguir se manter ativo no mercado: rescisão contratual com jogadores que não estão nos planos do clube e do técnico Jorge Sampaoli.



De acordo com informações do GloboEsporte.com, o Galo tem adotado tal medida como parte do planejamento financeiro da agremiação, que conseguiu, com redução de custos mensais, contratar Léo Sena, do Goiás, e Alan Franco, do Independiente del Valle, e ainda alinhar negociação com Marrony, do Vasco.

Para montar elenco de Sampaoli, Galo rescindiu vínculo com jogadores que não estavam nos planos.
Para montar elenco de Sampaoli, Galo rescindiu vínculo com jogadores que não estavam nos planos. / Pedro Vilela/Getty Images

A necessidade de o Galo cortar gastos, apesar de ter fortes parceiros para ir ao mercado da bola, se deve pela responsabilidade do clube com os salários dos jogadores. Isto é, os investidores dão suporte nas transações, no entanto, é o Atlético que tem que arcar com os vencimentos mensais.

Do total, para deixar a folha salarial do clube com espaço para novas entradas, o Alvinegro Mineiro rescindiu com 12 jogadores, incluindo alguns atletas do time de transição. Os mais conhecidos dos que foram ‘cortados’ são: Patric, Lucas Cândido, Alex Silva, Élder Santana e Dodô.

Além dos que já deixaram a Cidade do Galo, outros 6 também devem sair: Edinho e Zé Welison devem ser emprestados e Franco Di Santo, Mansur, Ricardo Oliveira e Clayton negociam rescisão de contrato.

O Galo espera tirar quase R$ 2 milhões de sua folha salarial com as rescisões.
O Galo espera tirar quase R$ 2 milhões de sua folha salarial com as rescisões. / Pedro Vilela/Getty Images

A previsão a curto prazo do Atlético, caso efetive a retirada de todos os 18 atletas, é de ‘liberação’ de R$ 1.8 milhão. Tal economia seria preenchida com os vencimentos mensais dos novos reforços. A longo prazo, no entanto, esse valor 'não gasto' representaria valores muito mais significativos. Entenda no exemplo abaixo:

Conforme explicação do GE: se o jogador X tem contrato até dezembro, com R$ 100 de salário, e fecha acordo de R$ 200 mil para rescindir em junho, o Galo economizou, a longo prazo, R$ 500 mil – considerando que gastaria R$ 700 mil com todos os salários e 13º salário, menos o montante pago para o fechamento do acordo.

Desta forma, com todas as rescisões que já foram assinadas, o Atlético vai deixar de pagar cerca de R$ 8 milhões. Porém, esse valor pode ficar ainda mais algo, visto que além de Ricardo Oliveira, Di Santo, Clayton e Mansur, há vários outros jogadores que têm vínculo com o clube e que também devem rescindir, como David Terans, Denílson e Nathan.

Além dos atletas que pretende rescindir, o Galo ainda estuda o que vai fazer com Lucas Hernández e Ramón Martínez, ambos não estão nos planos e têm contratos longos. Sem uma decisão, eles devem treinador com o time de transição.

Vale pontuar que para ter tal 'economia', o Atlético vai precisar cumprir com todos os acordos. Caso contrário, pode sofrer novos e custosos processos trabalhistas. Além do cuidado, o clube espera ser mais certeiro em suas contratações para evitar repetir tal procedimento de ‘rescisão em massa’.

Quer saber como se prevenir do coronavírus? #FiqueEmCasa e clique aqui.