Renovação com David Luiz é 'prova cabal' de que o Arsenal abraçou o fracasso
Por Nathália Almeida
Único campeão invicto da história da Premier League, o Arsenal viveu o período mais glorioso de sua história sob a batuta de Arsène Wenger, conquistando três edições do Campeonato Inglês e sete títulos da Copa da Inglaterra. Na virada do milênio, o clube londrino era o 'mais quente' do país, encantando a todos com Henry, Bergkamp, Pirès, Vieira e outros grandes craques. Hoje, menos de duas décadas depois, os Gunners agonizam pela falta de referências e perspectiva de futuro.
Com um elenco indigno e limitado até para pensar em classificação à próxima Liga Europa, o Arsenal ocupa a décima primeira posição da Premier League neste momento, atrás de equipes com investimento muito menor como Wolverhampton, Crystal Palace e até mesmo do modesto Sheffield United, recém-promovido à elite nacional. Uma campanha vergonhosa, mas condizente com as decisões esportivas/técnicas que vem sendo tomadas pelo clube nos últimos anos.
A demissão de Wenger, considerada inevitável por conta do desgaste natural dos 22 anos de vínculo (1996-2018), não implicou em uma 'revolução de mentalidade' no clube. Unai Emery foi o seu sucessor e pouco tempo durou no cargo, dando lugar ao jovem Mikel Arteta, que até simboliza um novo ar/uma mudança de ideias, mas se vê completamente limitado em todas as frentes: a pressão das arquibancadas é imensa, enquanto o material humano que tem em mãos, escasso.
A renovação de contrato de David Luiz - que custou uma baixa por suspensão ao Arsenal a cada três jogos -, é a 'prova cabal' de que o espírito derrotista foi definitivamente abraçado pelos gestores do clube londrino. Mesmo empilhando falhas desde que chegou aos Gunners, o zagueiro brasileiro acabou premiado com um novo contrato. Entre falta de visão de mercado e falta de ambição por protagonismo, falta muito, muito mesmo, para o Arsenal voltar a ser competitivo.
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