Recusa de Bolsonaro à Conmebol repercute na Itália até com certa ironia
Por Fabio Utz
O convite foi feito. E recusado. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não estará no Maracanã neste sábado para acompanhar a final da Libertadores, entre Santos e Palmeiras. E este "não" do mandatário brasileiro repercutiu fora do país.
Meios de comunicação da Itália, por exemplo, trataram o fato até mesmo com certa ironia, lembrando ser o político um fã do Verdão. "Qual torcedor gostaria de perder a final da Copa de sua equipe? Na América do Sul, essa participação fica apenas no sonho. Infelizmente, a final será jogada no Maracanã a portas fechadas devido à pandemia que está, literalmente, deixando o Brasil de joelhos. Ainda assim, há um torcedor de um finalista que teria o direito de entrar no lendário estádio brasileiro, mas que... recusou o convite. Este é Jair Bolsonaro, torcedor do Palmeiras que recusa o convite para a final da Libertadores devido às restrições impostas pela Conmebol", diz parte do texto do Il Posticipo.
Por conta do protocolo estabelecido pela entidade sul-americana, ninguém (afora os integrantes das duas equipes) poderá acessar o gramado, inclusive, para a festa do campeão. Neste caso, Bolsonaro não teria a chance de entregar a taça ao vencedor do torneio - mesmo que este ato, por parte da maior autoridade de um país, seja uma tradição. Assim, ele formalizou a negativa ao convite. O presidente é visto, pela opinião pública, como alguém que nega a situação pandêmica e ignora a gravidade das condições em seu próprio país.
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