Quem foi bem e quem deixou a desejar no clássico entre Fluminense e Vasco
Por Nathália Almeida
Na noite da última terça-feira (30), Fluminense e Vasco da Gama inauguraram a sétima rodada do Campeonato Carioca 2021. Apesar de muito importante para as pretensões dos dois gigantes, o clássico disputado em Volta Redonda acabou repetindo um enredo já batido na competição: nível técnico abaixo do esperado e declínio físico grande das equipes na segunda etapa. O resultado final de 1 a 1 não foi bom pra ninguém e levantou mais dúvidas do que certezas nos torcedores das duas equipes.
A seguir, listamos os raros destaques e as muitas decepções deste clássico:
DESTAQUES
1. Camisas 9 com 'faro de gols' em dia
O placar final do clássico foi definido justamente pelos camisas 9 de Fluminense e Vasco: Fred e Cano. Por serem dois centroavantes clássicos, precisam da ajuda de seus companheiros para não 'morrerem de fome', apoio que não aconteceu em profusão ontem. Muito pelo contrário.
De qualquer forma, provaram que são letais na arte de fazer gols e foram às redes nas raras chances que tiveram.
2. Bom duelo de jovens volantes
Os melhores jogadores de Fluminense e Vasco no clássico foram volantes criados na base dos respectivos clubes: pelo lado tricolor, Martinelli foi mais uma vez o destaque, com muita movimentação e lucidez; pelo lado cruzmaltino, Andrey foi incansável e acabou premiado com a assistência para o gol de Cano.
DECEPÇÕES
3. Lucca
Errou passes fáceis, matou contra-ataques promissores e errou absolutamente tudo que tentou nos primeiros 45 minutos de jogo. Com justiça, foi sacado por Roger Machado ainda no intervalo.
É um dos titulares do Fluminense que precisa elevar o nível se não quiser perder a vaga no XI inicial, já que os garotos da base estão pedindo passagem.
4. Leandro Castán x Frazan
Não foi uma noite boa para estes zagueiros, responsáveis diretos pelos gols sofridos por suas equipes.
Frazan, pelo lado do Fluminense, vem se mostrando uma ameaça pela insegurança no jogo com os pés, mau posicionamento e leitura de jogadas.
Castán, por sua vez, foi facilmente batido na corrida pelos jovens atacantes tricolores na segunda etapa. Lento e pesado, precisará aprimorar a parte física para ajudar o Gigante da Colina em 2021.
5. Preciosismo dos garotos de Xerém
O Fluminense tem uma 'mina de ouro' em mãos com seus jovens da base, mas seus atacantes precisam evoluir na tomada de decisão. No clássico, Luiz Henrique, Kayky e John Kennedy cometeram alguns erros na hora de concluir as jogadas, desperdiçando boas chances.
É preciso ter paciência com os garotos, que são muito promissores, mas ao mesmo tempo é importante mapear essas 'fragilidades' o quanto antes para neutralizá-las com treino ostensivo.