Qual a diferença entre a Libra e a LFF? O que sabemos sobre a criação da nova liga do futebol brasileiro

Os projetos ainda estão em discussão entre os clubes
Os projetos ainda estão em discussão entre os clubes / YASUYOSHI CHIBA/GettyImages
facebooktwitterreddit

Desde 2022 clubes do Brasil se preparam para a criação de uma liga independente que tenha força para organizar o Campeonato Brasileiro. Até o momento, existem dois projetos, mas ainda não há nenhum consenso ou prazo definido para a chegada a um acordo.

A LFF (Liga Forte Futebol) e a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) são os dois blocos que buscam um entendimento entre todos os clubes que disputam as Séries A e B.

Qual a diferença entre Libra e LFF?

A Libra (Liga do Futebol Brasileiro) foi criada no ano passado, em 2022, com o intuito de formar uma liga única de futebol profissional no Brasil com as 40 equipes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro que, com aval da CBF, passaria a ser organizado por essa associação.

Inicialmente, o projeto começou com Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e RB Bragantino. Atualmente, são 18 membros: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.

Já a LFF (Liga Forte Futebol) foi criada um mês após a Libra, também em 2022, por clubes que discordaram dos termos impostos pela concorrente, com um rateio de receitas pré-determinado e regras como a necessidade de unanimidade em votações para mudar essa divisão do dinheiro, por exemplo.

Athletico-PR e Fluminense encabeçaram o projeto, que foi ganhando força após a chegada de equipes que enxergavam no outro estatuto a perpetuação de uma grande diferença de arrecadação entre os times maiores e ‘menores’.

Atualmente, a LFF conta com 26 membros: ABC, Athletico, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.

Divisão de receitas

Existe um modelo geral de divisão de receitas para os clubes da Série A no caso da formação de uma liga única. 40% ou 45% do total de dinheiro arrecadado pela liga será dividido igualmente por todas as equipes da elite.

30% é o percentual da arrecadação que será repartido de acordo com a performance na competição. Os outros 30% ou 25% ficariam para aqueles com engajamento e apelo comercial maior, o que gerou um conflito com a LFF, que discordou dos termos.