PSG: Gana Gueye se recusou a participar de campanha contra homofobia, diz jornal

Por questões religiosas, Idrissa Gueye teria se recusado a entrar em campo em dia de protesto contra homofobia, diz jornal.
Por questões religiosas, Idrissa Gueye teria se recusado a entrar em campo em dia de protesto contra homofobia, diz jornal. / ANP/GettyImages
facebooktwitterreddit

O Paris Saint-Germain e os demais clubes do Campeonato Francês participaram no último final de semana de uma campanha contra a homofobia, em um movimento da Liga Profissional de Futebol da França (LFP) associado ao Dia Mundial contra a Homofobia – celebrado, neste ano, nessa terça-feira, 17 de maio de 2022. A LFP se envolve todo ano em uma campanha relacionada ao dia e ao tema.

De acordo com informações do Jornal “Le Parisien”, o volante Idrissa Gana Gueye, do PSG, se recusou a participar da manifestação. O tabloide francês informou que o camisa 27 não queria ser associado ao movimento, por questões religiosas, e que, por isso, teria se recusado a entrar em campo. A situação teria gerado desconforto e chateação nos bastidores do clube.

Vale destacar que esse foi o segundo ano consecutivo em que Gueye não atuou nas datas próximas ao protesto contra homofobia.

Idrissa Gueye PSG Ligue 1 Homofobia
Gana Gueye alegou “questões pessoais” para não atuar no final de semana. / Jonathan Moscrop/GettyImages

O PSG entrou em campo na tarde do último sábado, 14, e venceu o Montpellier por 4 a 0, no Stade de la Mosson, pela 37ª e penúltima rodada da Ligue 1. Por conta da campanha, os jogadores atuaram com os nomes nas costas das camisas pintados nas cores do arco-íris, em alusão à bandeira LGBTQIA+. Gueye não participou do jogo.

Após o apito final, o técnico Mauricio Pochettino foi questionado sobre a ausência de Gueye e respondeu que o volante viajou em boas condições físicas, sem nenhum tipo de lesão, mas que alegou “questões pessoas” para não atuar.

Nas últimas horas, a Rouge Direct, associação contra a homofobia no esporte, exigiu que o PSG e a LFP solicitem uma explicação ao meio-campista. “Homofobia não é uma opinião, mas um crime. A LFP e o PSG têm que pedir para Gana Gueye se explicar, e rapidamente. E sancioná-lo se necessário”, disse.

Já nesta segunda-feira, 16, a política francesa Valérie Pécresse, que é presidenta do conselho regional da maior região da França, chamada de Île-de-France, também exigiu um posicionamento dos envolvidos. “Um jogador de futebol, em especial do PSG, são figuras de identificação para os nossos jovens. Eles têm o dever de servir de exemplo. A recusa de Idrissa Gana Gueye de se juntar à luta contra a homofobia não pode continuar sem punições”, publicou. O Paris Saint-Germain, até o momento, não se pronunciou sobre o assunto.