Protagonista ou coadjuvante? Perguntamos na Alemanha como realmente foi a passagem de Rafinha pelo futebol europeu
Por Fabio Utz
Rafinha é um lateral-direito que, no futebol brasileiro, sobra. Chegou ao Flamengo no ano passado para ganhar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores da América, deixando para trás toda e qualquer concorrência e se colocando no topo da sua posição. Porém, na última semana, quando se envolveu em polêmica na final da Taça Rio, provocando rivais, passou a conviver com respostas e memes que fazem referência à sua passagem pelo futebol alemão.
Pois o 90min foi atrás de dados e informações que tentem, de alguma forma, definir como foram suas 13 temporadas no país europeu, contando aí o tempo de Schalke 04 (cinco anos) e Bayern de Munique (oito anos). Obviamente, olhando para o currículo, as conquistas se sobressaem. Pelo Bayern foram nada menos que 18 títulos, incluindo aí uma Champions League (2012/2013), um Mundial de Clubes (2013) e sete troféus da Bundesliga. Só que quem afirmar que ele foi titular absoluto durante todo este tempo está enganado. No total, foram 266 jogos pela equipe bávara, o que dá uma média de pouco mais de 33 aparições por temporada. Em 2013/2014, com 46 partidas, foi quando mais entrou em campo. Já na temporada de despedida (2018/2019), contabilizou somente 26 jogos.
Na Champions, foram 51 aparições pelo time de Munique, sendo apenas 36 como titular (no total de minutos em campo, a média foi de 69 por jogo). "Era um sólido reserva. Você poderia usá-lo nos dois lados, o que o tornava valioso. Mas se você o comparar com Lahm, Kimmich, Alaba, não tinha o nível deles, é claro. Era útil, mas não mais do que isso", define Jan Kupitz, editor-chefe do 90min na Alemanha. Antes no Schalke 04, tinha um padrão diferenciado para o nível do clube, tanto que sua média de partidas por temporadas foi de quase 40.
No entanto, entre os analistas, a imagem que ficou não foi das melhores, o que vai ao encontro desta fama de "marrento" e de tripudiar em cima de rivais. "A torcida dos outros clubes, pode-se dizer, odiava ele. Era um jogador muito emocional e, muitas vezes, ultrapassava o limite. Ele fez muitos ataques e não se comportou como um jogador de classe. Reclamou que não jogou o suficiente (com Niko Kovac) e estava pensando ser melhor do que realmente era. Pode-se questioná-lo em muitas situações e, ademais, não era titular. Simples assim", completa Kupitz.
Talvez, realmente, seja melhor ele ficar um pouco mais quieto e não repetir este tipo de situação. Afinal, em seu país de origem, é reconhecido por estar bem acima da média. Agora, se insistir nas provocações, seguirá levando o troco e tendo que ouvir o que não deseja.
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