Problemas físicos sinalizam esgotamento da relação entre Guerrero e futebol nacional

Nesta sexta-feira (8), a Federação Peruana de Futebol anunciou a desconvocação de Paolo Guerrero, que será ausência nos duelos contra Bolívia e Argentina, válidos pelas Eliminatórias para Copa do Mundo. Titular contra o Chile, o centroavante havia relatado dores no joelho direito em entrevista coletiva.

"Tenho atrito com todos os zagueiros, é normal, faz parte do jogo. Quanto tempo vou demorar para chegar ao meu nível? Primeiro, resolva o problema do meu joelho que parece não querer me deixar jogar. Eu estou lidando com isso com calma, com paciência. Para mim, é importante estar jogando (no Peru), no meu time não posso jogar, e isso me deixa um pouco triste"

- Guerrero durante coletiva

Vinculado ao Internacional até dezembro deste ano, Guerrero ainda não jogou 90 minutos completos em âmbito nacional nesta temporada que, atualmente, está muito mais próxima do fim que da metade.

Embora seja, na teoria, reserva imediato de Yuri Alberto, o peruano encontra pouquíssimas oportunidades de atuar, sobretudo em razão da constante desconfiança sobre seu estado físico. A impressão que fica aos torcedores é que o Paolo nunca se recuperou plenamente da grave lesão.

Diante do cenário, o questionamento que surge não poderia ser mais óbvio: vale a pena pensar na extensão contratual? Respondemos com outra pergunta: é válido insistir em alguém que você nunca sabe se poderá confiar?

O futebol brasileiro, mesmo com sua lista interminável de problemas e notória falta de apuro técnico, exige dos atletas um nível físico capaz de aguentar múltiplas competições paralelas e a constante cobrança da torcida por respostas satisfatórias dentro das quatro linhas.

Aos 37 anos, o centroavante peruano, que jamais será esquecido no Corinthians, parece estar cada vez mais longe de atender aos requisitos. Não é nenhum demérito. Acontece nos melhores times e nas ligas mais prestigiadas do mundo. Às vezes, é apenas questão de ouvir nosso corpo gritando que não dá mais.