Por que os europeus não dão a mínima para o futebol brasileiro?

Eis que você está de bobeira no sofá e 'passeia' pelos canais da TV até encontrar um clássico entre Bayern de Munique e Borussia Dortmund pelo Campeonato Alemão. Se gostar de futebol, a probabilidade que você sossegue e assista à partida é grande. Porém, será que do lado de lá, os europeus também 'estacionam' em um jogo do Brasileirão?

Não, porque não passa!

A resposta já é simples: não. Dificilmente um europeu irá assistir a um jogo do Campeonato Brasileiro na TV. Primeiro que na maior parte dos países não há transmissões tão fáceis assim, à exceção de Portugal, que consome o futebol de cá com mais afinco. O idioma em comum também ajuda a alavancar o interesse dos portugueses.

Para as próximas temporadas, as equipes do Brasileirão acertaram um contrato de transmissão com uma marca de casas de apostas esportivas online. Porém, a transmissão ainda continua longe da TV, principalmente das maiores emissoras do segmento.

Mas por que não passa?

A resposta também é simples: não há interesse. O futebol brasileiro deixa muito a desejar em comparação com as principais ligas europeias. É claro que nem todos os campeonatos da continente são amplamente assistidos por estrangeiros. O Holandês e o Ucraniano não são tão vendidos para fora dos países, e o consumo fica reservado ao mercado interno. Porém, os próprios moradores dos territórios assistem aos jogos por conta da torcida, trazendo um envolvimento emocional com os times. Sem esse envolvimento, os torcedores preferem assistir às principais ligas, retornando ao alemão, inglês, francês, espanhol e italiano.

Ainda há o problema do horário. A diferença de fuso é muito representativa. Os jogos que se iniciam às 21h30 no Brasil começam após a meia-noite em muitos países europeus. Fica um tanto quanto complicado planejar que os torcedores europeus ficarão até tão tarde para acompanhar um campeonato sem grande envolvimento emocional.

Também soma-se o fato de que a liga brasileira - e os próprios clubes - não conseguem estruturar um modelo de negócios para alavancar o interesse pelo torneio. Nem mesmo há uma produção grandiosa de conteúdos sobre os times em outros idiomas, como inglês e espanhol. Dessa maneira, como estimular o crescimento da liga fora do Brasil?