Pode isso? Religiosa se irrita com declaração de Renato Gaúcho: 'Posicionamento precoceituoso'
Por Nathália Almeida
Figura 'folclórica' no futebol brasileiro por conta de suas entrevistas arrojadas e visões nada ortodoxas sobre determinados temas/assuntos, Renato Gaúcho parece ter conquistado o status de 'persona non grata' junto a um grupo inusitado de indivíduos: as freiras. Não entendeu? Calma, a gente te explica.
Em entrevista coletiva concedida ao final da partida contra o Bragantino na última segunda-feira (2), o técnico do Grêmio usou uma expressão peculiar para explicar os desentendimentos e irritação de seus jogadores em campo ou após substituições: "Eu não sou padre, não tenho time de freiras. O Pepê às vezes joga chuteira no chão, colete no chão, por se cobrar de não ir bem. Eu estou aqui há quatro anos e nunca tive discussão com jogador. Nunca tive problema. Se o jogador de futebol não pode discutir em campo, tem duas opções. Ou põe time de freiras ou time de mudos", afirmou.
Como destaca o UOL Esportes, a declaração de Renato Gaúcho causou indignação em Celassi Dalpiaz, diretoria do Colégio Santa Inês, situado em Porto Alegre. Em carta aberta, a religiosa tratou a fala do técnico do Grêmio como 'preconceituosa' e explicou o porquê.
"Mais uma vez, deparo-me com um posicionamento preconceituoso que me causa indignação (...) Quero te dizer, prezado Renato Portaluppi que, para ser FREIRA hoje, precisamos de muita garra e capacidade de luta, para nos sobrepor a tantos preconceitos de todos os gêneros. A indignação é que nos move e que nos faz olhar além do que vemos, tomar frente às situações de injustiças e, muitas vezes, ser resilientes (...) Por que pelo fato de ser freiras, não podemos usar de rebeldia, força e capacidade de enfrentar aquilo que entendemos injusto? O mundo mudou, meu caro. O olhar é outro e eu, sendo freira, não me eximo de nenhuma responsabilidade. Não me calo frente a situações injustas (...) Indignar-se é sinônimo de não aceitar a situação", trazia um trecho do artigo.