Petraglia explica por que o Athlético possui superávit maior mesmo com metade da receita do Flamengo
Em 2019, o Flamengo foi o clube que obteve a maior receita do futebol brasileiro: R$950 milhões de reais, com mais de R$300 milhões a mais do que o Palmeiras, que ocupou a segunda posição. Porém, é importante lembrar que o maior superávit do ano passado não foi do Rubro Negro, mas sim do Athlético-PR. O clube paranense teve uma receita de R$ 390 milhões, ou 41% do que o Fla arrecadou. Resultado? O Furacão conseguiu R$ 63 milhões de lucro, um milhão a mais do que o Flamengo.
O ‘bolão’ veio com premiações da Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e também a venda de jogadores. O valor total das vendas atleticanas foi de R$140 milhões. Já o Flamengo conseguiu faturar R$300 milhões com negociações de jogadores. O presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mario Celso Petraglia, possui outras explicações:
“Nós temos uma posição muito rígida e conservador. Nada além das nossas pernas. Tivemos uma premiação muito alta por ganhar a Copa do Brasil: R$ 60 milhões. Mesmo dando metade desse total para os jogadores, ficamos com dinheiro. Até porque não houve tempo de gastar. Ganhamos o título em setembro, quando já não podíamos contratar novos jogadores. No nosso planejamento, contávamos chegar às quartas-de-final. Conseguimos chegar à decisão e ganhar a Copa do Brasil. Fazemos um planejamento conservador. Terminamos o Campeonato Brasileiro em sexto lugar. Dos outros dezenove times da Série A, fomos os últimos a assinar o contrato de TV e ganhamos o direito de performance, pela sexta colocação. Uma premiação que discordamos, porque só paga até o 16º lugar”.
Já em relação aos cortes salariais do elenco, devido à pandemia de covid-19, Mario argumentou que o clube ainda está negociando acordos com o sindicato. O clube paranaense realizou o pagamento de maio e o período de férias, e agora segue em uma possível negociação de 25% para jogadores que ganham mais de R$5 mil. Os outros não terão redução de salário.