Permanecer na Série B é pior que ser rebaixado? Para o Cruzeiro, talvez esta seja uma oportunidade de ouro
Por Fabio Utz
Faltando sete rodadas para o término da Série B do Brasileirão, nada menos que nove pontos (40 contra 49) separam o Cruzeiro do último integrantes do G-4, que no momento é o Juventude. Nesta terça, a equipe faz seu último compromisso antes da virada para 2021 (recebe o Cuiabá-MT, a partir das 21h30min) com a certeza de que nem mesmo a vitória é sinônimo de tranquilidade.
Se em 2019 a Raposa viveu o pior ano de sua história, com uma crise administrativa e financeira que o levou ao abismo da segunda divisão, 2020 pode representar um "fico" inédito entre os grandes clubes do país no século XXI. Permanecer fora da elite nacional é sinônimo de um fracasso jamais experimentado por times de mesma grandeza nesta era mais moderna do esporte.
Vergonha? Claro que sim! Maior que a da temporada anterior? Pelo aspecto esportivo, com certeza. Mas, pelo lado institucional, talvez seja um modo de o próprio Cruzeiro se reinventar e, quem sabe, até virar exemplo. Os desmandos da gestão anterior deixaram a Raposa à deriva. Por isso, é momento, sim, de recomeçar.
É claro que ninguém gostaria de celebrar o centenário do clube, logo no início de janeiro, com a equipe tendo a quase certeza de que seguirá nesta divisão que, sem dúvida alguma, não lhe pertence. Agora, se os dirigentes souberem trabalhar esta questão para fortalecer a instituição como um todo, atuando dentro de uma nova realidade e admitindo que é preciso dar esse passo atrás, o cenário abre perspectivas. O clube não irá desaparecer. Sua grandeza não será apagada. E uma vergonha momentânea pode ser usada como trunfo logo ali na frente. Leva tempo? Obviamente. Mas o apaixonado torcedor, se for para o bem do Cruzeiro, saberá esperar.
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