Palmeiras precisa ter olhar crítico com Luxemburgo, cujo pensamento em nada lembra ideia pregada pela direção

Alexandre Schneider/Getty Images
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É difícil entender o momento do Palmeiras? Nem tanto assim. Muito embora tenha conquistado o Campeonato Paulista, algo que não acontecia há 12 anos, o Verdão quer mais e pode mais. Mas como conseguir o tão almejado desempenho é uma questão que ainda intriga os dirigentes.

A direção, convicta de que era preciso seguir os rumos das mudanças do futebol brasileiro, principalmente seguindo os passos deixados por Jorge Jesus no Flamengo, tentou Jorge Sampaoli antes de contratar Vanderlei Luxemburgo, um técnico absolutamente vencedor no passado, mas que, para a atual realidade do esporte, está muito aquém. Mesmo que Maurício Galiotte, Anderson Barros e companhia vejam pontos positivos no trabalho do profissional e coloquem no mau rendimento de alguns atletas contratados a peso de ouro a responsabilidade por uma performance coletiva pobre, não se pode deixar passar incólume a postura de Luxa.

Pedro Vilela/Getty Images

Negar que existem novidades e seguir apegado a padrões da década de 1990 e início dos anos 2000 é algo grave. De nada adianta dar espaço para a garotada da base se esta, com uma mentalidade renovada, for instigada a seguir modelos antigos de preparação, de tática, de jogo. Isso é absolutamente contraditório. Obviamente que, para os cartolas, contestar as "costas largas" de Luxa é algo que, por certo, minaria o ambiente. Mas é preciso, sim, partir do comandante o olhar inovador. Sem isso, ninguém se motiva. Nem mesmo craques e/ou meninos promissores.

O Palmeiras, em 2020, chegou à metade do mês de agosto sem ter vencido uma partida sequer contra rivais da primeira divisão nacional. E isso, me desculpe, não tem nada de normal. Se os dirigentes tiverem o mesmo olhar crítico - que possuem com algumas ditas estrelas - em relação ao treinador, talvez tudo mude. Resta saber se o poderoso e até aqui incontestável Luxemburgo irá aceitar tal cobrança.

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