Palmeiras pode fazer do Paulista o que quiser, mas queda precoce será, sim, um vexame

Abel Ferreira revelou acordo para fazer do Paulistão um laboratório
Abel Ferreira revelou acordo para fazer do Paulistão um laboratório / Pool/Getty Images
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Após mais uma derrota do Palmeiras no Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira veio a público e revelou que combinou com a diretoria que utilizaria a competição como uma espécie de laboratório para os garotos. Até aí, tudo ok. O Estadual, para muitos, é realmente um estorvo. No entanto, isso em nada justifica a posição do clube na tabela.

Não tenho nada contra em fazer das disputas regionais uma forma de encontrar novos valores para o plantel, ainda mais diante de tantos compromissos mais importantes. Mas o Palmeiras, por ser do tamanho que é, precisa avançar, sob pena de ver o time fracassar em uma disputa na qual sempre vai ser favorito - e este será o tratamento. Aos grandes, a cobrança é, inevitavelmente, proporcional, independentemente de quem vai a campo.

Existe uma grande diferença entre fazer de uma competição um laboratório e, simplesmente, entregar para os adversários uma taça. E, nesse ponto, acho que o Verdão errou um pouco a mão. Quer testar a garotada? Ótimo, mas vai com calma. Faltou dosar esses experimentos e, aí sim, garantir uma sustentação para que o futebol de todos fluísse naturalmente. É assim que se faz futebol, e todos no Palmeiras sabem disso.

A fala de Abel, quando parece justificar uma estratégia que se mostrou equivocada (dele e dos dirigentes, claro), não ameniza em nada o desastre que pode ser a eliminação na primeira fase. Com jovens ou cascudos, uma possível queda será vexatória. Pois, nessas horas, está em jogo a tradição de uma instituição.

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