Os destaques e as decepções das partidas de ida das semifinais da Libertadores
Por Nathália Almeida
Neste meio de semana, tivemos a primeira leva de confrontos decisivos pelas semifinais da Conmebol Libertadores 2020. Com quatro campeões envolvidos nesta fase - sendo dois gigantes brasileiros e dois gigantes argentinos -, não podíamos esperar nada menos do que grandes jogos, e foi exatamente isso que recebemos.
A seguir, destrinchamos o que de melhor e também o que de pior aconteceu nos jogos em Buenos Aires entre River x Palmeiras (terça) e Boca x Santos (quarta), levando em consideração todos os protagonistas do espetáculo. Confira:
DESTAQUES
Rony
Cinco gols e sete assistências totais para o atacante alviverde que, aos olhos de Felipe Melo, já merece ser eleito o 'Rei da América'. Jogando muito nesta Copa Libertadores, Rony não só deixou sua marca mais uma vez - anotando o gol que abriu caminhos para a categórica vitória do Palmeiras sobre o River -, como levou perigo constante à defesa millonaria em Avellaneda.
Alan Empereur
O sistema defensivo alviverde foi impecável na partida, anulando os pontos fortes do River e cedendo muito pouco a um dos melhores ataques do continente. A escolha por Alan Empereur para representar o setor aqui é o fato do zagueiro ter respondido muito bem à pressão de sair jogando de última hora, substituindo Luan, que se queixou de dores na lombar no dia do jogo.
Suas estatísticas no jogo foram ótimas: 100% de duelos vencidos no chão, sete intercepções, dois desarmes e quatro vezes em que afastou o perigo da área ('clearances').
Cuca
Não é a primeira vez que o treinador alvinegro aparece nessa lista de destaques, mas a repetição é merecida, pois a cada partida ele mostra que é o 'fator diferencial' deste Santos. Enviou a campo uma formação ofensiva e muito vertical com quatro atacantes - Lucas Braga, Soteldo, Marinho e Kaio Jorge -, mas soube a hora exata de mudar a estratégia quando sua equipe começava a perder o meio de campo, promovendo Sandry no lugar de Soteldo.
Montou um plano de jogo muito bom e merecia ter saído de Buenos Aires com melhor resultado.
Luan Peres
Uma atuação praticamente impecável do camisa 14 alvinegro: um chute bloqueado, sete interceptações, seis desarmes e nenhum drible sofrido. Sua grande exibição ajuda a explicar o motivo para o Boca Juniors ter chegado tão pouco à meta de John.
DECEPÇÕES
Jorge Carrascal
Para o torcedor alviverde e quem mais estiver torcendo para o Verdão chegar à decisão da Copa Libertadores, a péssima atuação do jovem atacante colombiano foi muito bem-vinda. Contudo, como estamos analisando de forma imparcial, é preciso destacar que muito se esperava desse jogador para esta partida, por sua qualidade e pelo ótimo momento que vivia.
Além de ter jogado muito mal, errando praticamente tudo que tentou, ainda prejudicou demais sua equipe com uma expulsão infantil por um pontapé em Gabriel Menino.
Roberto Tobar
O chileno é um dos árbitros mais prestigiados pela Conmebol nos últimos anos, não à toa vem sendo constantemente escalado para jogos gigantes, como a final da Copa Libertadores de 2019 entre Flamengo e River. Contudo, ainda não dá para entender como Roberto Tobar negligenciou o pênalti claro em Marinho aos 29' do segundo tempo em La Bombonera, sequer indo à cabine situada no gramado para rever o lance.
Um erro inaceitável que influenciou diretamente no resultado da partida. E que definitivamente não pode acontecer em uma semifinal de competição, principalmente tendo o VAR à disposição.