Os 30 capitães de seleções mais representativos da história do futebol
Por Fabio Utz
É preciso muito mais do que boa técnica para liderar uma seleção. E é raro encontrar em um jogador este compilado de características que lhe garanta a capitania de um time que representa um país inteiro. Você pode ter todo o talento do mundo, mas se não houver um grande incentivador ao lado, pronto para reunir a equipe em busca de um único objetivo, talvez toda a preparação seja uma perda de tempo. Por isso, o 90min faz um compilado dos 30 maiores e mais representativos capitães de seleção em todos os tempos!
30. Goran Pandev (Macedônia do Norte)
As menores nações do mundo geralmente não têm atletas de ponta. Não neste caso. Goran Pandev estreou pela Macedônia do Norte em 2001 e desde então levou o time a alturas impensáveis. Os esforços de Pandev culminaram na qualificação do país para a Euro 2020, com ele liderando a seleção aos 37 anos.
29. Andreas Granqvist (Suécia)
Em 2017, Andreas Granqvist se tornou o primeiro jogador que não Zlatan Ibrahimovic a ganhar a Bola de Ouro sueca desde Freddie Ljungberg em 2005. Na seleção, o zagueiro herdou o posto de capitão de Ibra, em 2016, e prosperou no papel, levando-a às oitavas de final da Copa do Mundo de 2018.
28. Edwin van der Sar (Holanda)
A Holanda ainda sente a falta de alguém como Van der Sar. Teve um impacto enorme na seleção que chegou às semifinais da Euro em 2000 e 2004. O país ainda não encontrou um goleiro tão confiável e qualificado, capaz de influenciar significativamente o restante da seleção.
27. David Beckham (Inglaterra)
Após o drama, o desgosto e a subsequente caça às bruxas que se seguiu a David Beckham após a Copa do Mundo de 1998, nomeá-lo como capitão da Inglaterra foi a chave para alguns anos bastante bons. Foi fundamental para gerar momentos de tranquilidade a uma seleção bastante talentosa no início dos anos 2000. Pena que nenhum título foi conquistado.
26. Diego Godín (Uruguai)
As heroicas atuações do defensor a nível de clube o levaram a fazer história também com a camisa celeste. Virou capitão da seleção uruguaia após a impressionante campanha na Copa do Mundo de 2010 e, desde então, se tornou referência no futebol do país sul-americano.
25. Son Heung-min (Coreia do Sul)
Ele carrega a bandeira do futebol asiático, também, na Europa - e em alto nível. Como capitão da Coreia do Sul, foi a simbólica figura de seu país nas Copas de 2014 e 2018, sem contar que o levou ao ouro nos Jogos Asiáticos de quatro anos atrás.
24. Michael Ballack (Alemanha)
Como capitão alemão, o meia foi gigante na primeira década dos anos 2000. Levou o país à semifinal da Copa de 2006 e à decisão da Euro de 2008.
23. Dunga (Brasil)
Cite uma final, e é provável que Dunga tenha jogado. O homem adorava um grande torneio, tanto que decidiu Copa do Mundo, Olimpíadas, Copa das Confederações e Copa América com o Brasil. Seu melhor momento veio em 1994, quando teve a responsabilidade de erguer a taça do tetra para a seleção brasileira.
22. Paolo Maldini (Itália)
É verdade que, pela seleção italiana, o sucesso do zagueiro não foi tão grande na sua era como capitão. Porém, ele representou como poucos o futebol do país europeu. Pena que não esteve no grupo que conquistou a Copa do Mundo de 2006.
21. Diego Maradona (Argentina)
O mundo do futebol se rendeu a Diego Maradona, com sua capacidade técnica infinita e seu sonho de vencer a todo custo. É verdade que um pouco de trapaça se uniu à magia do camisa 10 que capitaneou a Argentina na Copa do 1986. Mas quem se importa com isso?
20. Daniel Passarella (Argentina)
Antes da elegância de Maradona, havia a tenacidade de Daniel Passarella no coração da defesa argentina. E a conquista da Copa do Mundo de 1978 passa por seus pés e sua liderança.
19. Fritz Walter (Alemanha)
33 gols em 61 aparições pela Alemanha é um feito incrível, mas que passa despercebido na incrível carreira de Fritz Walter. Para um homem reconhecido por suas façanhas domésticas com o Kaiserslautern, Walter foi impecável ao capitanear a seleção germânica na conquista da Copa do Mundo de 1954.
18. Gareth Bale (País de Gales)
"País de Gales, golfe e Real Madrid. Nesta ordem." A frase moldou as preferências recentes de Gareth Bale. Pois o atleta encontrou paz e prazer em capitanear a seleção nacional e levá-la a um novo estágio. A Euro 2016 é inesquecível.
17. Manuel Neuer (Alemanha)
A confiança da Alemanha em Manuel Neuer é a prova da sua importância para a seleção. Se tornou capitão da equipe após a conquista da Copa do Mundo de 2014. Embora o declínio da equipe, cumpriu seu papel à risca.
16. Luka Modric (Croácia)
Enquanto alguns capitães adicionam a camada extra de liderança que falta a um time talentoso, Luka Modric garantiu técnica e visão de jogo para decidir sozinho alguns jogos e levar a Croácia ao vice-campeonato mundial de 2018.
15. Gianluigi Buffon (Itália)
Há uma boa chance de Gianluigi Buffon simplesmente nunca se aposentar. São nada menos que 176 jogos pela Itália - números imbatíveis -, sendo algumas atuações fenomenais. Assumiu a capitania da seleção antes da Copa do Mundo de 2010.
14. Hugo Lloris (França)
Demorou apenas dois anos para Hugo Lloris se tornar capitão da seleção francesa, assumindo a liderança antes da Copa do Mundo de 2010. Sua rápida ascensão à liderança do time diz tudo o que você precisa saber sobre sua personalidade e influência. Essa liderança, postura e talento atingiram o pico em 2018, na conquista do Mundial.
13. Cristiano Ronaldo (Portugal)
A liderança de Cristiano Ronaldo muitas vezes veio na forma de 'me dê a bola e deixe-me fazer minha mágica'. Quem pode culpá-lo? Sua aura e influência na seleção de Portugal ficaram em evidência na Euro 2016, quando o país venceu o torneio.
12. Carlos Alberto Torres (Brasil)
Carlos Alberto Torres foi nomeado capitão do Brasil antes da Copa do Mundo de 1970. A decisão se provou acertada. Lateral-direito com qualidades ofensivas bem à frente de seu tempo, liderou a seleção até a conquista do tri e ainda marcou um gol na final contra a Itália com um chute épico.
11. Lothar Matthaus (Alemanha)
Primeiro jogador a ser escolhido o melhor do ano pela Fifa, Lothar Matthaus fazia de tudo um pouco. Tendo começado a década de 1980 vencendo a Euro, chegou à Copa do Mundo de 1990 liderando o time que seria campeão. Acumulou nada menos que 150 convocações.
10. Johan Cruyff (Holanda)
Quem não foi inspirado pelo futebol de Johan Cruyff? O homem simboliza o esporte moderno. Abriu caminho para se tornar 'o cara' da Copa do Mundo de 1974 ao levar a Laranja para a final. Incorporou por completo o estilo de jogo holandês.
9. Carles Puyol (Espanha)
Puyol não era o zagueiro mais elegante ou talentoso da Espanha, mas não havia chance de que ele aceitasse nada menos que 110% de qualquer um de seus companheiros de equipe. Oficialmente, ele nunca capitaneou a Fúria com tanta frequência. Mas vamos ser realistas, ele foi responsável por 'armar' aquele histórico time campeão do mundo em 2010.
8. Marcel Desailly (França)
Força, velocidade, inteligência, consciência e liderança eterna. Marcel Desailly foi um diamante para a seleção francesa. Tendo impressionado ao vencer a Copa do Mundo de 1998, herdou a capitania de Deschamps e fez parecer fácil a conquista da Euro 2000.
7. Bobby Moore (Inglaterra)
Considerando que ele continua sendo o único inglês a capitanear a nação em uma grande vitória em um torneio, Bobby Moore merece ainda mais respeito do que ele recebeu. A seleção inglesa de 1966 foi incrível, mas Moore se tornou a peça-chave do quebra-cabeça que garantiu o título da Copa do Mundo.
6. Dino Zoff (Itália)
Uma lenda do gol italiano. O arqueiro deu os últimos passos da carreira ao capitanear sua nação para vencer a Copa do Mundo de 1982. Está na história, sem dúvida alguma.
5. Fabio Cannavaro (Itália)
Fabio Cannavaro assumiu a braçadeira italiana após a aposentadoria de Paolo Maldini e imediatamente provou seu valor em escala internacional. Capitão na conquista da Copa do Mundo de 2006, se tornou um zagueiro praticamente intransponível naquela campanha. Além disso, é o único defensor a ser escolhido, até hoje, o melhor jogador do mundo pela Fifa.
4. Cafu (Brasil)
Cafu continua sendo o único jogador a estar presente em três finais consecutivas de Copa do Mundo. Sua importância para o Brasil não pode ser subestimada. Em um elenco cheio de talento e habilidade técnica infinita, assumiu funções de liderança depois de Dunga e novamente mostrou suas habilidades. Ergueu o troféu do penta em 2002.
3. Iker Casillas (Espanha)
Goleiro como capitão é um conceito difícil de aceitar, mas o papel de Iker Casillas na era mais brilhante da Espanha é um argumento mais do que convincente para a ideia. Enquanto Puyol dava ordens em campo, a compostura de Casillas e as habilidades inquestionáveis entre as traves serviram de inspiração para o time. Suas performances consistentes estabeleceram um padrão ridiculamente alto que o time teve que alcançar. A Euro 2008, a Copa do Mundo de 2010 e a Euro 2012 sugerem que os companheiros fizeram exatamente isso.
2. Didier Deschamps (França)
Há muito pouco que Didier Deschamps não ganhou como jogador. O zagueiro esteve no centro do sucesso francês na Copa do Mundo de 1998 e na Euro 2000 - onde começou a perder as funções de liderança para Marcel Desailly - e deu o tom em um time que tinha quase tudo. Vencedor em série.
1. Franz Beckenbauer (Alemanha)
Nada mais justo e preciso que o 'Kaiser' feche esta lista. Elegante, mas agressivo, Beckenbauer fez a defesa parecer uma forma de arte muito antes de ser considerada importante e levou a Alemanha a uma Copa do Mundo e um Campeonato Europeu. É pouco ou quer mais?