O XI ideal da seleção da Alemanha no século XXI
Por Nathália Almeida
Como seriam as grandes seleções do mundo se pudéssemos reunir, nelas, seus grandes craques de diferentes gerações? Para nós que amamos futebol, projetar equipes que rasgam as fronteiras do tempo, com jogadores de épocas distintas, é um exercício maravilhoso de 'faz de conta'. E o futebol nos permite isso, pois também é sonho e imaginação! Pensando nisso, demos início a mais uma série especial de artigos: o time ideal de cada seleção neste século XXI.
Tetracampeã do mundo, a Alemanha é uma das escolas mais fortes e tradicionais do futebol. De Beckenbauer a Hummels, de Gerd Müller a Miroslav Klose, os talentos e referências se renovaram ao longo das gerações, nos permitindo montar uma das seleções 'contemporâneas' mais fortes desta série, a seguir. Confira:
Oliver Kahn
Muitos brasileiros se lembram de Kahn pela atuação não tão inspirada na decisão da Copa de 2002, mas o fato é que o arqueiro alemão foi genial naquele Mundial, e em sua carreira profissional. É um dos maiores ídolos da história do Bayern de Munique e da seleção, pela qual disputou 86 partidas, espalhadas em três edições de Eurocopa e quatro Copas do Mundo: 1994, 1998, 2002 e 2006.
Joshua Kimmich
Apesar de muito jovem, o lateral-direito de 25 anos já tem um tamanho considerável no futebol alemão e na seleção nacional. Caminha para os 50 jogos oficiais pela DFB e fez uma excelente Eurocopa de 2016, entrando para a seleção ideal da competição. É um dos líderes técnicos da nova geração do país, sendo eleito o 'jogador do ano' da seleção alemã em 2017.
Jérôme Boateng
O zagueiro alemão de longa trajetória no Bayern de Munique abre a dupla de zaga deste time ideal. No auge, foi um dos ótimos nomes de sua posição no Velho Continente. Estreou pela seleção em 2009 e desde então soma 76 atuações com a camisa alemã, destacando-se a participação em três edições de Copa: 2010, 2014 e 2018.
Mats Hummels
Mais um campeão do mundo em 2014 nesta seleção, como não poderia ser diferente. Hummels estreou pela DFB em 2010 e disputou 70 partidas oficiais até 2019, não sendo mais convocado por Joachim Löw desde então. Participou de duas edições de Eurocopa e duas Copas. É um dos grandes da posição nos últimos dez anos.
Philipp Lahm
Lahm foi um lateral completo nos fundamentos e, por licença poética, o colocaremos na lateral-esquerda dessa seleção. Campeão de tudo pelo Bayern, também teve uma bela trajetória na DFB: 113 partidas disputadas, sendo o quinto jogador que mais vestiu a camisa da seleção alemã. Disputou três edições de Copa do Mundo, também sagrando-se campeão em 2014.
Michael Ballack
Abrimos o setor de meio-campo com um dos mais talentosos deste milênio. Ballack, apesar de não ter conseguido erguer a Copa do Mundo, teve grandes participações em 2002 e 2006, entrando na seleção ideal das duas edições. Ficou próximo da marca centenária de exibições pela DFB, com 98 partidas ao longo de onze anos (1999-2010).
Bastian Schweinsteiger
Uma verdadeira lenda do futebol alemão. Meio-campista de vigor/intensidade, mas também de técnica apuradíssima, Schweinsteiger foi o 'pulmão' da seleção alemã campeã em terras brasileiras, em 2014. Foi o capítulo final de sua bela história na DFB, com 121 partidas disputadas ao longo de doze anos. É o quarto atleta que mais vestiu a camisa da seleção.
Toni Kroos
Cerebral, dono de um passe refinado e ótimo finalizador de média distância, Toni Kroos é uma das grandes estrelas do Real Madrid e uma das interseções entre a geração 2010 e a geração 2020 do futebol alemão. Justamente por isso, é um dos líderes da atual seleção de Löw. Campeão do mundo em 2014, já soma 96 partidas pela DFB, ou seja, tem tudo para figurar entre os recordistas no futuro.
Thomas Müller
Ele carrega um sobrenome pra lá de pesado quando o assunto é futebol alemão. Não é tão genial como Gerd, mas tem papel fundamental na seleção alemã da última década. Convocado pela primeira vez em 2010, foi avassalador no Mundial daquele ano, conquistando o prêmio de revelação e a Chuteira de Ouro. Mas a maior vitória viria quatro anos depois, com o título mundial. Soma exatos 100 jogos pela DFB, sendo seu nono maior artilheiro, com 38 gols.
Lukas Podolski
Poldi é um caso curioso de jogador que foi/é grande em clubes, mas ainda maior quando o assunto é seleção. Sua jornada com a camisa da DFB durou nada menos que treze anos, credenciando-o ao top-3 de jogadores com mais partidas (130) e gols (49). Além de conquistar o Mundo em 2014, conquistou a torcida brasileira com seu carisma e identificação. Sua última convocação foi em 2017.
Miroslav Klose
O camisa 9 dessa seleção ideal, obviamente, não poderia ser outro. Centroavante frio, técnico, com enorme capacidade de antever jogadas e ótimo no posicionamento, Klose finalizou sua linda carreira como jogador da DFB no topo de quase tudo: segundo com mais partidas (137), atrás apenas de Lothar Matthäus; recordista em gols, com 71 anotados; maior artilheiro da história das Copas do Mundo do futebol masculino, com 16 gols. O título mundial em 2014 coroou sua grande carreira.