O XI ideal da fase final da Nations League
Por Lucas Humberto
Com a atual campeã mundial devidamente consagrada, a segunda edição da Nations League oficialmente chegou ao fim. O duelo derradeiro repetiu um enredo similar ao da semifinal: brilho de Kylian Mbappé e Karim Benzema, além da boa e velha virada que os espectadores do futebol sempre apreciam.
Entre destaques absolutos e decepções difíceis de acreditar, montamos a seleção da fase final no bom e velho 4-2-4 para privilegiar os extraordinários setores ofensivos dos times participantes. Acompanhe e, claro, prepara-se para polêmicas.
1. Hugo Lloris (França)
A Espanha não só tentou incessantemente balançar as redes francesas, como teve boas oportunidades para tal. Felizmente para os Bleus, Hugo Lloris estava num daqueles dias nos quais até o vento estava com dificuldades para vencer a defesa do arqueiro.
2. César Azpilicueta (Espanha)
Incansável, o lateral fez tudo que estava ao seu alcance para tentar dar a vitória aos torcedores espanhóis. Cortes eficientes na defesa, cruzamentos precisos nos metros finais, entrega, qualidade... César Azpilicueta deixou tudo de si em campo.
3. Alessandro Bastoni (Itália)
Apesar do doloroso revés diante da Fúria - e consequente quebra da invencibilidade de 37 jogos -, a seleção italiana teve a regularidade de Bastoni na defesa, inclusive na disputa do bronze. O zagueiro não pode ser inteiramente responsabilizado pelo primeiro gol de Ferran Torres.
4. Jules Koundé (França)
Se ainda havia alguma questão restante sobre a performance de Jules Koundé na seleção, acreditamos que tais dúvidas tenham sido sanadas na Nations League. Aos 22 anos, o zagueiro mostrou segurança de veterano e se credenciou para muitos anos de serviço aos Bleus.
5. Theo Hernández (França)
Muito além do gol que sacramentou a vitória francesa na semifinal, Theo Hernández mostrou a Didier Deschamps que foi um erro tê-lo deixado de fora da lista final da Euro. O lateral coloca seu nome no radar um ano antes da Copa do Mundo. Presença confirmada no Mundial?
6. Sergio Busquets (Espanha)
Eleito melhor jogador da fase final, Sergio Busquets deixou evidente que sua qualidade no controle do meio-campo permanece intacta. A principal reflexão que fica é a seguinte: por que sob comando de Ronald Koeman não vemos tal performance? O problema não parece ser o jogador...
7. Gavi (Espanha)
17 anos de idade e maturidade de ancião. Prazer, Pablo Martín Páez Gavira, mais conhecido como Gavi. Poucos jogadores tiraram tanto proveito da Nations League como o jovem espanhol. Olho nele, certamente ouviremos muito sobre o meia do Barcelona no futuro.
8. Federico Chiesa (Itália)
Se faltou entrega - ou consciência coletiva - de alguns italianos, Federico Chiesa tratou de compensar nesses quesitos. Voluntarioso, o atacante da Juventus estava em todos os lados e corria para alcançar qualquer bola. Pena que seus companheiros não estavam no mesmo ritmo.
9. Mikel Oyarzabal (Espanha)
Responsável por fazer um "inferno" na vida da Azzurra e ultrapassar a fortaleza de Lloris na final, Mikel Oyarzabal é outro nome que fez bom uso das oportunidades recebidas na Liga das Nações. Os torcedores nem sentiram tanta falta de Álvaro Morata assim...
10. Kylian Mbappé (França)
Tido como um dos grandes símbolos da derrota amarga na Euro, Kylian Mbappé passou uma borracha naquele fatídico jogo contra a Suíça. Do amor ao manto francês ao desempenho impecável, o atacante conduziu Les Bleus como quem vai em busca do bicampeonato mundial em 2022.
11. Karim Benzema (França)
Se faltou letalidade na Euro, sobrou na Nations League. Com um início de temporada irretocável, Karim Benzema foi às redes nos dois jogos da fase final e, para além da habilidade, a presença do centroavante do Real Madrid representou a constante esperança da virada aos torcedores.