O que os clubes brasileiros precisam fazer para não seguirem os rumos do Cruzeiro?
O Cruzeiro, bicampeão da Copa do Brasil (2017-2018), vive situação difícil na Série B do Brasileirão. A equipe passou por turbulência política em 2019 e, registrando quase R$ 400 milhões de déficit no período, também se afundou em uma crise financeira sem precedentes na história do futebol brasileiro.
Porém, por mais que pareça absurdo, outros clubes do país flertam com a possibilidade de 'cruzeirarem', já que vivem com administrações perigosas e arriscadas. Então, fica a pergunta: o que fazer para não ter o mesmo destino da equipe mineira?
Não gastar demais
Os clubes brasileiros de futebol insistem em uma realidade paralela onde não precisam pagar pelos gastos. Pelo contrário, as administrações fazem contas gigantescas sem a mínima previsão para contingência. O problema é que, uma hora ou outra, os débitos devem ser acertados. O próprio Cruzeiro vivenciou essa questão ao ser penalizado pela FIFA pelo não pagamento da transferência de Denílson junto ao futebol árabe.
O Santos também enfrenta uma punição da federação internacional e não pode registrar novos atletas em seu elenco. A tendência é que esse tipo de penalização seja constante, mostrando que os clubes não têm créditos eternos para fazerem o que bem entendem ao longo de suas administrações.
Portanto, gerir o dinheiro é fundamental para qualquer time de futebol. As contas chegam e, na atual realidade do futebol brasileiro, cobram caro.
Não enganar a torcida
O futebol brasileiro já sofreu demais com a postura de dirigentes que inflam as folhas salariais dos clubes e gastando mundos e fundos para conquistar títulos que acalmam a torcida e escondem os erros administrativos. A prática é exatamente um ciclo vicioso que assola o esporte nacional e dificulta a austeridade financeira das equipes.
É preciso transmitir conscientemente à torcida que não será possível ser campeão todo ano. Há temporadas em que o importante é se manter na divisão ou almejar alguma boa colocação na parte de cima da tabela. Gastar eternamente para buscar títulos caros demais nem sempre é uma solução saudável financeiramente.
Responsabilizar os culpados
Apesar das más administrações, quantos 'cartolas' do futebol já foram presos? Quantos precisaram 'devolver' milhões para as equipes? Isso não acontece. Os diretores realizam mandatos desastrosos e não são penalizados pelas suas ações. Mesmo que não ocorram crimes de desvios, a irresponsabilidade financeira não deve ser premiada com um simples afastamento do cargo.
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