O que esperar do São Paulo para a 'decisão' de logo mais contra o Internacional?
Por Nathália Almeida
Ainda que Fernando Diniz tenha afirmado com todas as letras que o Brasileirão não será decidido neste meio de semana, a rodada 31 é, sim, uma rodada crítica para o destino da competição. São três confrontos diretos envolvendo os seis primeiros colocados da tabela, incluindo o pesado duelo entre São Paulo e Internacional, primeiro e segundo colocados da classificação, respectivamente.
Sem saber o que é vitória há três rodadas, o São Paulo adentrará o gramado do Morumbi pressionado, já que uma derrota significa perda da liderança para o próprio Inter, que vem de seis vitórias consecutivas no torneio. Todo esse entorno cria uma atmosfera diferente para o encontro entre paulistas e gaúchos, onde as expectativas no lado vermelho estão altíssimas. Mas e do lado tricolor? O que podemos esperar do Soberano?
Escalação e plano tático
Sabemos que Fernando Diniz é um treinador dogmático e de convicções fortes, e isso reforça a teoria de que não veremos mudanças estruturais acontecendo no time titular tricolor neste confronto e na reta final do Brasileirão. A expectativa geral é pelo retorno do atacante Luciano, que dá outra 'cara' à equipe por sua intensidade, mobilidade e excelente diálogo com Brenner. Seu retorno é crucial para reequilibrar a formação são-paulina, pois viabiliza o retorno de Tchê Tchê ao setor que lhe é de origem, o meio-campo defensivo.
Estratégia de jogo
O São Paulo precisa ser proativo, tomar as rédeas e o controle da partida desde o apito inicial. Estará jogando em casa e tem que defender sua liderança a todo custo, caso contrário, passará a não depender apenas de seus esforços para conquistar o título nacional. Uma coisa, no entanto, precisa estar bem clara para o time tricolor: o Inter é uma equipe que se sente confortável em atuar de forma reativa, pois é muito forte nos contra-ataques e estocadas rápidas. O sistema defensivo são-paulino precisará estar atento a isso.
Pontos fracos a explorar no rival
Sob comando de Abel Braga, a equipe gaúcha perdeu um pouco em criatividade, mas ganhou em compactação e competitividade. Vence jogos de forma cirúrgica e raramente toda muitos gols. Na última rodada, no entanto, mostrou fragilidades diante do Fortaleza: o setor direito da defesa, com Rodinei e o garoto Lucas Ribeiro (substitui o lesionado Moledo) pode ser o 'caminho das pedras' para o Soberano.
O que o torcedor deseja ver?
São duas as 'grandezas' que o torcedor são-paulino mais deseja ver em sua equipe neste duelo, e as duas dialogam diretamente: coragem e verticalidade. Nas últimas rodadas, vimos a 'pior versão' das equipes de Diniz, com muita especulação e pouca efetividade criativa.