O que a torcida do Vasco precisa saber sobre o contrato com a 777 Partners
Por Matheus Nunes
A ansiedade toma conta da torcida vascaína pela iminência no contrato com a 777 Partners, grupo norte-americano interessado em adquirir 70% da SAF. O clube vive "situação financeira gravíssima", como reiterou Roberto Duque Estrada, 2º vice-presidente geral do Vasco, mas ele está confiante na volta por cima, como ele explicou em vídeo divulgado nesta segunda-feira (25) pela Vasco TV.
"O Vasco deve ter um dos cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro. Criamos amarras que fazem com que o investidor, que quer recuperar seu dinheiro investido, tenha que montar um time competitivo para atingir metas. Qual é a solução caso o time não vá bem? Tomar de volta o que ele comprou? Isso não existe no mundo dos negócios. Agora a gente imagina que nos próximos anos, antes de 2027, a gente consiga formar um time competitivo, com orçamento alto, muito provavelmente em um ambiente de Liga."
- Roberto Duque Estrada, vice do Vasco
O Vasco criou uma comissão especial para tratar o caso que reúne membros do Conselho Deliberativo, presidida por Duque Estrada. Um grupo de beneméritos analisa os riscos e todos estudam a proposta da 777, que inclui o investimento no futebol e detalhes como Acordo de Acionistas, Contrato de Locação do Estádio de São Januário, Contratos de Cessão de Uso dos Centros de Treinamentos e Contrato de Licença de Uso de Direitos de Propriedade Intelectual.
Como a 777 pode ajudar na atual janela de transferências
"O Vasco está conversando com a 777 e a relação é bastante próxima. Estamos fazendo uma transição, mas tudo depende da conclusão do negócio. Dentro do possível, e eles dispostos a antecipar algum recurso, por que não? Vamos aguardar o desenrolar e queremos fazer com que isso aconteça dentro dessa janela."
- Roberto Duque Estrada, vice do Vasco
O que acontece se a 777 Partners não investir o valor previsto
"A 777 tem até 36 meses para pagar pelas ações e existe um mecanismo no contrato que permite que o Vasco pegue para ele caso o prazo não seja cumprido."
- Roberto Duque Estrada, vice do Vasco
E as dívidas?
"Existem certas categorias de dívidas. Algumas são transferidas imediatamente, caso das dívidas relacionadas ao departamento de futebol. As dívidas trabalhistas e cível, que estão no RCE. Elas estão com Vasco, mas a obrigação de pagamento é da SAF, que terá que tirar 20% da sua receita para pagar. Temos também a dívida fiscal. Temos uma transação tributaria em andamento, que faz com que essa dívida fique alongada por um período grande. As dívidas operacionais são dívidas com fornecedores que serão honradas pela SAF. Essa questão da dívida foi um dos pontos mais importantes do contrato. O grande destruidor do Vasco nos últimos anos foi a dívida"
- Roberto Duque Estrada, vice do Vasco