O Pato no Fluminense
#VozDoTorcedor
Por Fábio Sá, torcedor do Fluminense
Era só o que me faltava. Pato no Fluminense. Com essa diretoria, não seria nada impossível.
Mas, não, não é isso. O Pato é em alusão ao animal que anda sim, voa sim, nada sim, mas faz as três coisas muito mal-feitas.
Assim é o presidente do Fluminense.
Ele contrata? Sim. E como contrata!
Ele vende jogador? Sim, assim como toda hora pinta uma cara nova, tem sempre alguém indo embora.
Ele gera receita? Até gera. Vira e mexe aparece uma notícia sobre isso.
Mas ele é PÉSSIMO em fazer todas essas 3 coisas básicas de uma gestão de um clube de futebol (porque de absolutamente nada me interessa o clube social nas Laranjeiras).
Não é complicado. Uma empresa de sucesso precisa fazer minimamente bem 3 coisas. Vejamos quais são elas.
1) Ter funcionários de qualidade. De preferência, de ALTA qualidade.
Mas e o Fluminense? O Fluminense é o clube que pior contrata na Série A, disparado.
Não precisa pensar muito. Anota aí. Muriel, Igor Julião, Egídio, Yuri, Hudson, Ganso, Lucca, Caio Paulista, Felipe Cardoso, Wellington Silva. Ah, mas o Julião já era nosso... Nao interessa! Tá lá, tá custando dinheiro! Nenhum time da Série A quer essas pragas nem de graça. Nenhum desses! Mas lá no pensionato do Mário todos têm vaga.
Quanto custam só esses aí todos os meses? Faz as contas: NO MÍNIMO R$ 1.500.000. Todos os meses!!!
1.5M mensais!!! Daria para trazer um craque nível Europa com esse salário. Ou enxugar a folha e economizar 18 milhões por ano!!! Fora economizar todas as indenizações que teremos que pagar a essas mesmas pragas no futuro, como estamos pagando pros Sornozas, Orejuelas e afins.
Mas não! Preferimos essas PRAGAS!
Ou o presidente não entende NADA de futebol ou tem alguém ganhando muito dinheiro às custas do Fluminense.
Agora, na boa, será que o Mário realmente não entende nada de futebol?... Será que só eu e você vemos o óbvio? É fácil chamar ele de “burro”. Será que ELE que é o burro?...
Mas vamos ao próximo ponto.
2) Utilização dos Recursos.
Qualquer empresa que se preze valoriza primeiro a sua prata da casa antes de gastar dinheiro trazendo talento de fora. E mais! Luta com unhas e dentes para MANTER a sua prata da casa, quando o mercado começa a reconhecer o seu valor e fazer ofertas para que ela se vá.
Mas e o Fluminense?
Pergunte ao Gustavo Scarpa. Ao Evanilson. Ao Ibañez. Ao João Pedro. Ao Pedro. Ao Gerson.
A cada ano, a cada safra, espere e pergunte aos nossos 3 novos talentos o porquê deles terem ido embora por tão pouco, muitas vezes por nada.
Não quer ir longe? Pergunte ali ao Marcos Paulo. Ele ainda é nosso, mas logo mais estará em outro clube. Aliás, em 6 meses ele provavelmente aparecerá num dos seus rivais daqui do Brasil mesmo. De graça.
Ah, mas a fábrica não para!!
Realmente, a fábrica é impressionante. Mas e a UTILIZAÇÃO da fábrica? De que adianta “preservar” tanto as “joias”, só para daqui a algum tempo cedê-las a preço de banana ao mercado? O Calegari só joga porque a praga do Gilberto foi vendido. O Marcos Felipe só joga porque o Muriel conseguiu irritar num nível além do aceitável.
Mas o Miguel não joga. O Marcos Paulo não joga. O Luiz Henrique não joga. O Martinelli não joga. O André não joga. O sub-20 não joga. O sub-17 não joga.
Ah, mas tem que preservar!!!
Olha aí o Santos, o Palmeiras e o São Paulo “preservando” a sua base.
Esses meninos que hoje brilham nos times titulares desses 3 clubes foram fregueses dos nossos meninos na base. Mas, quando chegam no profissional, os nossos meninos são o que? “Preservados”.
Certos estamos nós, né? Esses 3 clubes estão indo mal e a gente que tá voando, né?
3) Geração de Receita
Em qualquer empresa, que se preze ou não, a geração de receita é oxigênio. Simples assim.
Mas e o Fluminense?
Se não temos público nos estádios (naturalmente não por culpa do presidente)...
Se as nossas cotas de TV são parte de um acordo onde abaixamos a cabeça para aceitar que outros clubes que jogam o mesmíssimo campeonato que nós ganhem muito mais...
Se vendemos ridiculamente mal as nossas jóias...
Se as receitas de sócio torcedor e de camisa dependem do momento do time em campo...
E se essa diretoria é incapaz de conseguir um patrocínio máster e, quando consegue, é um que não tem garantias bancárias...
...então volto a perguntar: o que faz o presidente do Fluminense?
Mas, seja qual for a resposta, não importa, não podemos aceitar ter um comando desses no Fluminense. Até quando seremos enganados? Até quando um dos RAROS bi-campeões nos últimos 10 anos aceitará entrar para “disputar” (quando não “rezar por”) 46 pontos no Brasileirão?
Chega de auto-marketing. Precisamos de gestão de verdade. Precisamos de uma mentalidade de empresa. Precisamos de menos fisiologismo. Precisamos que as coisas simples e óbvias comecem a ser feitas.
Mas não esperem isso dessa diretoria.
Essa diretoria é boa de redes sociais. E olha que nem tão boa assim.
Saudações Tricolores