O dia em que Jean-Marc Bosman revolucionou o mundo do futebol

facebooktwitterreddit

Jean-Marc Bosman pode não ter sido um jogador de grande destaque dentro das quaro linhas. Mesmo assim, ele virou marco para o futebol por conta de um episódio que mudou por completo a relação entre atletas e clubes, principalmente dentro da Europa.

Getty Images/Getty Images

O meia belga atuou a maior parte de sua carreira no Standard Liège, tendo estreado profissionalmente em 1983. No entanto, tornou-se famoso a partir de sua disputa judicial com o RFC Liège, clube que defendeu entre 1988 e 1990. No último ano de contrato, recebeu uma proposta de renovação, mas a recusou, uma vez que a mesma reduzia seus ganhos em 75%. Sendo assim, foi colocado à disposição do mercado e se mostrou interessado em jogar pelo Dunkerque, da segunda divisão francesa.

AFP Contributor/Getty Images

A equipe, porém, não tinha os US$ 800 mil pedidos pelo RFC, que não o liberou. Bosman, assim, recusou-se a continuar vestindo a camisa do time. Com o vínculo rescindido, deu início a uma disputa junto ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, com base no princípio da livre circulação. E obteve vitória em 15 de dezembro de 1995. A chamada Lei Bosman incorpora a possibilidade de jogadores da União Europeia atuarem livremente por clubes do continente, sem um limite de cotas, sem contar que o vínculo entre as partes perde validade ao seu final, com a chance de uma livre transferência.

STF/Getty Images

A jurisprudência abriu a possibilidade de clubes gigantes, como o Real Madrid, irem atrás de estrelas de diversos países do continente. Ao mesmo tempo, houve críticas em função da disparidade esportiva e econômica que a lei provocou, sem contar que as categorias de base acabaram em segundo plano. O Chelsea, por exemplo, se tornou o primeiro time inglês a não colocar um único jogador nascido no país na equipe titular.

Quer saber como se prevenir do coronavírus? #FiqueEmCasa e clique ​aqui.