No 'tango do adeus', D'Ale marca, emociona o Beira-Rio e é referência da primeira vitória colorada no Brasileirão

Camisa 10 foi titular e emocionou os mais de 36 mil presentes
Camisa 10 foi titular e emocionou os mais de 36 mil presentes / Donaldo Hadlich/Código19/Gazeta Press
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O enredo da partida que marcou a despedida de D’Alessandro bem que poderia servir de pano de fundo para um verdadeiro tango argentino. E a vitória do Internacional, no apagar das luzes, veio para coroar um domingo que, sim, fica na história do clube, da torcida e, claro, do camisa 10.

Mas, de fato, o que aconteceu?

Vamos lá. O Colorado, sem treinador, recebeu o Fortaleza pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, e os torcedores se mobilizaram em grande número (mais de 36 mil) para acompanhar o adeus do ídolo. De quebra, com as lesões de Taison e Edenilson, o meia ganhou a oportunidade de começar o confronto como titular e, assim, tentar reviver as emoções de uma carreira repleta de conquistas, principalmente, no Beira-Rio, palco do último capítulo desta trajetória.

Obviamente, este ‘fato novo’ - e também a opção do interino Cauan de Almeida de recolocar o zagueiro Rodrigo Moledo no time - criou uma espécie de ambiente positivo. Só que esta sensação de que a vitória poderia vir ao natural foi interrompida quando Johnny cometeu pênalti em Landázuri. Eram 50 minutos do primeiro tempo, e Yago Pikachu abria o placar em cobrança perfeita.

Era o cenário perfeito para o abatimento, algo comum no Inter de 2022. Mas, com D’Alessandro em campo, isso não aconteceu. Um minuto depois, o argentino chamou a responsabilidade para si, driblou dois jogadores e chutou com força para deixar tudo igual. Obviamente, o intervalo veio com as arquibancadas do Gigante em êxtase. O que não se esperava, apenas, era que Renê, logo na volta para a etapa final, cometesse falta em Robson dentro da área. Dessa vez, no entanto, a batida de Pikachu, aos 8 minutos, parou na trave. Seria a sombra de D’Ale impedindo um fracasso maior? Possivelmente! Ele que reclamou da marcação, levou cartão amarelo no lance, se indignou e, de certa forma, colocou pressão no batedor. Tudo que sempre fez, com primazia, nos praticamente 14 anos de Inter.

Mais alguns instantes passaram e, aos 26 minutos, veio o derradeiro momento. Melhor jogador da equipe em campo, o argentino foi substituído por Boschilia. Antes de deixar o gramado pela última vez, passou a faixa de capitão para Moledo, foi abraçado por companheiros, viu torcedores de pé o aplaudirem, gritarem seu nome e iluminarem o estádio com celulares. Claro, ficou impossível conter o choro.

Em resumo, faltava mesmo só a virada. E ela aconteceu. Aos 44 minutos, Boschilia deu passe para Alemão estufar a rede. O triunfo por 2 a 1 representou o fim de uma era, mas quem sabe sinalize o início de outra, já que o responsável pelo três pontos marcou pela primeira vez com a camisa colorada.

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