“Não vim para um time de Série B”, afirma Diniz em apresentação no Vasco

Fernando Diniz é o mais novo treinador do Vasco, que se desligou de Lisca.
Fernando Diniz é o mais novo treinador do Vasco, que se desligou de Lisca. / CARL DE SOUZA/Getty Images
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Dias após ser demitido do Santos, Fernando Diniz foi apresentado nesta segunda-feira, 13, como o novo treinador do Vasco para o restante da temporada. Em entrevista, o técnico se mostrou feliz pela oportunidade no Gigante da Colina e comentou sobre o que espera do trabalho em São Januário. Os dirigentes Jorge Salgado e Alexandre Pássaro também participaram da apresentação do profissional.

Não vim para um time de Série B, eu vim para o Vasco. O Vasco é um gigante. Dentro e fora de campo. Sempre se posicionou do lado certo da história. Tem muitas coisas no Vasco que me comovem. Estou muito feliz de estar aqui”, declarou Diniz, lembrando da história de luta e engajamento em questões sociais do Alvinegro.

Contratado na semana passada, Fernando Diniz se encontrou o elenco do Vasco no último domingo, 12, mas vai estrear apenas na quinta-feira, 16, contra o CRB, em Maceió, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Cruzmaltino é o 10º na Segundona, com 32 pontos – oito a menos do que o primeiro time dentro do G-4.

“Para mim certamente é motivo de empolgação. Me senti desafiado, e tenho prazer de estar no Vasco. Um time grande, gigante. O feeling, o que senti no coração foi de rapidamente acertar, e poder me apresentar e dar treinamentos. Tem o tamanho do Vasco, minha relação com o Vasco e o elenco que foi montado. Um elenco de bastante qualidade para todos juntos buscarmos o acesso”, afirmou o treinador.

Fernando Diniz Vasco Santos
Fernando Diniz assumiu o Vasco poucos dias após deixar o Santos. / Pool/Getty Images

Diniz também falou sobre o estilo de jogo que pretende implantar em São Januário e avaliou o elenco do clube. “Quanto à contratação, a gente está vendo internamente. O elenco eu gosto muito. Um ou outro que trabalhei. Joguei contra e outros que quis levar e não consegui. Sobre modelo, tem coisas mais importante. O fato de eu gostar de ser mais ofensivo não muda a necessidade de saber se defender”, ponderou, completando:

"Ao longo da minha carreira vou melhorando dia a dia. Toda vez que o time ataca muito bem, provavelmente vai estar se defendendo bem. A gente tem que saber atacar, de modo que consiga se defender. Nesse modelo vou apostar. Tem time que joga de maneira reativa e faz bastante gol. Tem time que joga com a posse e não consegue fazer tanto gol assim. A gente tem que achar uma maneira que o time consiga jogar bem, propor o jogo e que fique protegido, é o que a gente vai tentar fazer até o final do ano", acrescentou.

Antes de encerrar, Diniz ainda falou acerca da parte mental dos atletas, da utilização dos garotos da base, dos goleiros com a bola nos pés, da ansiedade para reencontrar os torcedores nas arquibancadas e muito mais. Ele também revelou o que acha das críticas que sofre por seu estilo de jogo:

"Eu não sofro com isso. Eu tenho uma convicção cada vez maior. Os rótulos são ruins. Se tem uma proposta de jogo bonito, que favoreça o futebol como um todo, que o torcedor se agrade além do resultado, é uma característica que eu tenho. Não é porque você tem uma tendência de jogar para frente, que você vai se defender mal. Em todas as equipes que dirigi, nos melhores momentos, a gente atacava bem, fazia muito gol e tomava pouco gol. É esse o equilíbrio que a gente vai buscar aqui no Vasco", finalizou.

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