Marcos Braz se diz vítima em briga com torcedor do Flamengo: "Fui ameaçado de morte do lado da minha filha"

  • Dirigente deu sua versão dos fatos e que não estava preparado para este tipo de situação
  • Braz garantiu que segue como vice-presidente de futebol do Flamengo, inclusive, para 2024
Dirigente diz que jamais teve teve problemas anteriores com torcedores
Dirigente diz que jamais teve teve problemas anteriores com torcedores / MAURO PIMENTEL/GettyImages
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O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, falou nesta quinta-feira (21), pela primeira vez, sobre o caso de agressão a um torcedor rubro-negro em um shopping do Rio de Janeiro. E o dirigente, que acredita em premeditação por conta da velocidade como as imagens pararam na internet, se diz vítima de Leandro Campos da Silveira Gonçalves Junior, entregador que irá conceder entrevista coletiva nesta sexta.

À imprensa, Braz fez questão de dar a sua versão dos fatos. Disse que estava no local para comprar um presente de aniversário para a sua filha, que faria 15 anos no dia seguinte. Além disso, negou estar com qualquer tipo de segurança.

"Quando eu estava dentro da loja, conversando com a vendedora no fundo da loja, duas ou três pessoas e mais algumas pessoas no fundo começaram a questionar, a fazer cobranças, a fazer vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, eu não abri a minha boca. Não falei absolutamente nada. Todas as cobranças que foram feitas, algumas ameaças, eu não abri a minha boca. Eles foram embora, continuei lá. Uma pessoa que estava do meu lado, de outro time, falou: ‘Braz, é isso mesmo que vocês passam?’ A minha filha chega, junto com duas amigas. Eu ainda comentei: ‘Graças a Deus elas não estavam aqui’. Posterior a isso, quando ela decidiu o que queria, ela sai da loja, fica em frente à loja, mas um pouco à direita. Quando chega o rapaz com o qual houve o problema. Chega e começam as ameaças, dessa vez de maneira diferente. E aí minha filha está ao lado e eu falo para o cara: ‘Minha filha está do lado, tu tá me ameaçando’. E ele falando, falando, falando. Falei: ‘rapaz, minha filha está aqui’. Eu perco o raio de visão dela, só que no fundo da loja teoricamente ela estava mais perto dele do que eu. E vendo o pai sendo ameaçado de morte, isso começou a me tirar do sério, fui falando indo na direção dele. Falei várias vezes que minha filha estava ali. A última frase de foi: ‘Foda-se a sua filha’. O final, vocês viram."

Marcos Braz, vice do Flamengo

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O dirigente se diz, desde sempre, sabedor das críticas e da pressão que é ser vice-presidente do Flamengo. No entanto, o caso em si em nada tem a ver com pressão.

"Vocês tem que acreditar em mim. Fui ameaçado, e ameaçado de morte do lado da minha filha de 14 anos. Sou preparado, e muito, para estar no cargo. Agora, para isso eu não me preparei. E talvez eu tenha tido uma atitude diferente. Pra ser ameaçado e ela sendo ameaçado também, verbalmente, in loco...para isso eu não me preparei. Não estou diminuindo a gravidade. Uma coisa é ser ameaçado na internet. Outra coisa é um cara transtornado, com cara de maluco, te ameaçando. Peço desculpas pelo evento, não para a pessoa. Peço desculpas pelo transtorno que causei aos meus pares de diretoria, à torcida do Flamengo. Peço desculpas por não ter me preparado para ser ameaçado de morte ao lado da minha filha."

Marcos Braz, vice do Flamengo

Braz informou, ainda, que não saberia dizer se realmente mordeu o torcedor na virilha, conforme constatou exame de corpo de delito. Além disso, sobre não estar presente na Camara de Vereadores no momento, garantiu que tomou falta e, por isso, será descontado. Ou seja, não houve ilegalidade.

"Depois da última frase que ele falou, eu me lembro de pouca coisa. Eu sou vítima! Eu sou vítima! Eu sou vítima, sendo vereador, suplente de deputado federal, vice-presidente de futebol do Flamengo. Eu não tenho vergonha de ser vítima nessa situação. Eu nunca fiz uma banana para um torcedor. Eu nunca tive um problema mais sério com um torcedor. Quem, estando com a sua filha, vai querer arrumar problema?"

Marcos Braz, vice do Flamengo

Por fim, garantiu que nunca pensou em deixar a vice-presidência de futebol do Flamengo.

"Não foi dessa vez, mas vai ter uma tragédia no futebol. É questão de tempo. Mas eu vou continuar. Eu tenho um cargo de confiança, que é dado pelo atual presidente. E eu penso e tenho certeza que a gente vai continuar. Quem determina a minha continuação ou não é o presidente Rodolfo Landim. E, ao que me consta, estaremos juntos em 2024. E ainda temos muito o que fazer neste ano."

Marcos Braz, vice do Flamengo

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