Mancini é maestro do esquema tático que fez Luan dar a volta por cima
Por Lucas Humberto
Luanel Messi? Depois de alguns meses, Luan finalmente desembarcou em Itaquera. Não aquele que veio do Grêmio. O camisa 7 do Corinthians mesmo. São três gols em dois jogos, além do sempre regular controle com a bola nos pés. E o grande maestro da boa fase do Timão é Vagner Mancini - agora mais convicto no seu próprio comando.
O esquema tático com três zagueiros, utilizado no Majestoso do último domingo (02), mudou tudo no Alvinegro. Todos os homens da faixa central do campo em diante acabam participando mais do ataque e são liberados da responsabilidade de recompor na defesa. As costas do Timão já não ficam mais tão livres assim e isso influencia diretamente na presença de Luan, Fagner e Lucas Piton nos metros finais. Os laterais se transformam em alas e o meia-atacante fica livre para dar seu show particular, seja definindo ou atuando na construção.
A aposta do pressionado Mancini devolveu a confiança que Luan tanto precisava. E tudo começa fluir. Chutes arriscados de fora da área, presença na meta adversária, tentativas de construção ainda desencontradas, mas que aos poucos começam a tomar formar. O comportamento do camisa 7 sempre esteve ligado ao seu contato com a bola e isso fica cada vez mais evidente no Timão - algo que não é novidade aos torcedores do Grêmio.
Mais confiante e merecedor da sequência que ganhou, os recentes trunfos de Luan e Corinthians talvez não resultem na classificação para próxima fase da Copa Sul-Americana 2021, mas devolve convicção ao seu torcedor. E, para além disso, é uma grande volta por cima de duas personalidades corintianas amplamente criticada nos últimos meses.