Mais vertical e forte mentalmente, São Paulo prova que vai brigar pelo título brasileiro
Por Nathália Almeida
Quando o São Paulo foi eliminado precocemente da Libertadores - ficando em terceiro em uma chave vencida por River Plate e LDU (EQU) -, Fernando Diniz garantiu que sua equipe seria mais uma 'mera coadjuvante' nas demais competições que restaram no calendário. A segurança do treinador em colocar o Tricolor como candidato aos títulos remanescentes, Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão, logo sofreu um duro golpe com mais uma queda prematura e inesperada: a dolorosa eliminação ante ao Lanús, em pleno Morumbi.
Estamos falando de uma eliminatória que teve seu desfecho no dia 4 de novembro, portanto, cravar que o São Paulo é 'outro' desde então seria leviano e precipitado, mesmo com a sequência de vitórias. Contudo, as demonstrações de força dadas pela equipe paulista desde a eliminação para os argentinos mostram que há algo novo acontecendo no Morumbi. Algo que, se não for passageiro, pode credenciar verdadeiramente o Tricolor como candidato aos títulos nacionais ainda em disputa.
A fragilidade defensiva ainda é um problema, já que o São Paulo simplesmente não consegue sair de campo sem ser vazado ao menos uma vez. Mas, ao mesmo tempo, outras virtudes do time de Diniz foram potencializadas ou vieram à tona pela 'primeira vez' na temporada. A principal delas é a força mental/poder de reação: em seus últimos três compromissos pelo Brasileirão 2020, o Soberano saiu atrás do marcador, mas buscou a virada e saiu de campo com os três pontos.
Mais vertical no ataque e mais confiante emocionalmente/mentalmente, o São Paulo ainda tem a vantagem de ser a equipe que, em performances e pontos disputados, oscilou menos entre os seis que ocupam as primeiras posições do Brasileirão neste momento. Todos esses fatores somados credenciam o time do Morumbi como candidata ao heptacampeonato nacional, ainda que o enredo 'apoteótico' de ter que lutar por viradas emocionantes toda rodada já esteja consumindo a saúde do torcedor tricolor. Se encontrar os ajustes para um sistema defensivo mais sólido e compacto, o Soberano se torna um postulante ao título ainda mais forte.