Lucas Lima deveria buscar novos ares, mas está confortável em ser coadjuvante

Contratado no início de 2018 para ser o 'cérebro' do meio de campo alviverde, Lucas Lima já adentra seu quarto ano de contrato no Palmeiras e segue devendo uma temporada de excelência com a camisa do clube. Em termos de conquistas, não há dúvida de que 2020 já é o ano mais especial de sua estadia na Academia de Futebol, mas em termos de performance entregue, é mais do mesmo em relação aos anos anteriores: lampejos esporádicos, irregularidade e muitas cobranças de torcedores nas redes sociais por conta de seu custo-benefício questionável.

Que Lucas Lima tem um talento refinado raríssimo nos 'camisas 10' de hoje, praticamente ninguém questiona. A qualidade existe e está ali, mas está dormente. O que enfurece o torcedor alviverde é a atitude conformada, a 'zona de conforto' que o camisa 20 se colocou após explodir com a camisa do Santos entre 2016 e 2017: como se não precisasse mais se provar ou lutar para merecer estar entre os titulares, entre os melhores da posição.

Muito criticado pelo torcedor e absolutamente sem espaço com Abel Ferreira - sua não-utilização no Mundial de Clubes só provou como está em descrédito na Academia hoje -, Lucas Lima deveria cogitar uma mudança de ares, mesmo tendo contrato por cumprir no Verdão até dezembro de 2022. Mas é difícil acreditar que o próprio atleta pense em trocar de casa ou 'suar a camisa' para obter sequência de jogo: todas as suas atitudes demonstram uma resignação/conformismo em ser coadjuvante, principalmente estando em um clube que vem prosperando financeiramente e esportivamente. Recebendo bem e erguendo taças, o que mais ele poderia querer?

E assim vamos testemunhando o apagamento de um talento que, quando deu seu cartão de visitas na Vila Belmiro, deixou todos encantados e empolgados com o futuro.